Tensões entre Israel e Hezbollah continuam, enquanto solução diplomática parece distante

EUA buscam soluções para tensões na fronteira Israel-Líbano

O enviado especial dos Estados Unidos, Amos Hochstein, não conseguiu articular uma solução diplomática para evitar uma guerra aberta entre Israel e o Hezbollah. Após visitar o Líbano e Israel, ainda não tem grandes resultados a apresentar ao presidente Joe Biden.

Hochstein se encontrou com Nabih Berri, presidente do parlamento libanês, levando uma mensagem clara de Israel sobre a necessidade de negociações e um cessar-fogo, alertando que, caso contrário, a escalada será inevitável.

"Estamos passando por momentos difíceis e buscamos soluções para a situação. Conversei com o presidente do parlamento libanês sobre como interromper o conflito, que deve ser resolvido de forma diplomática e urgente. A situação é muito grave. O presidente Joe Biden quer evitar uma escalada que pode levar a uma guerra total. A proposta foi aprovada por Israel, que se compromete a encerrar a guerra em Gaza e estabelecer prazos para a retirada das forças militares do território", disse Hochstein após o encontro.

O enviado norte-americano mencionou a proposta divulgada por Biden e elaborada por Israel para um acordo sobre a guerra em Gaza. O Hezbollah afirmou abertamente que dispara contra o território israelense como forma de pressão sobre Jerusalém. Portanto, se houver um acordo entre Hamas e Israel, é provável que a milícia xiita também decida interromper os confrontos com Israel.

Os EUA pretendem encontrar soluções para 13 pontos de disputa na fronteira entre Israel e Líbano. Em termos gerais, os Estados Unidos querem abordar três das principais demandas israelenses, também mencionadas na Resolução 1701 da ONU, que encerrou a Segunda Guerra do Líbano em 2006: a presença das forças militares regulares do Líbano na fronteira, o fortalecimento das tropas da ONU (UNIFIL), e a retirada do Hezbollah para além do Rio Litani, mantendo-se a pelo menos 20 quilômetros da fronteira com Israel.