OTAN avalia aumento de armas nucleares contra a Rússia

Jens Stoltenberg | Foto:REUTERS/Johanna Geron

Aliança militar é formada por países da Europa, além dos Estados Unidos e do Canadá

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), aliança militar formada por países da Europa, Estados Unidos e Canadá, anunciou que avalia a possibilidade de colocar mais armas nucleares em prontidão contra a Rússia.

Secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg mencionou que existem discussões em andamento sobre a retirada de parte do arsenal de depósitos para "uso imediato". O Kremlin interpretou essa declaração como uma escalada nas tensões com os países que formam a aliança.

Stoltenberg evitou informar quantas ogivas nucleares ficariam em operação, mas destacou a importância da transparência. A OTAN mantém armas táticas na Europa, armazenadas em cofres subterrâneos, prontas para uso em caso de conflito. 

A Holanda seria o primeiro país a operar os caças norte-americanos F-35, capazes de lançar a bomba B61.

Incógnitas sobre a movimentação de arsenal tático

Não há confirmação se Washington pretende transferir parte do arsenal tático para fora de seu 
território. Nas últimas semanas, o presidente russo, Vladimir Putin, conduziu exercícios com armas táticas em resposta ao apoio ocidental à Ucrânia.

Armas táticas diferem das estratégicas por serem menos potentes. EUA e Rússia ainda 
respeitam os limites do tratado Novo Start para ogivas estratégicas.

Preocupações com múltiplos adversários nucleares

O diretor de Controle de Armas da Casa Branca mencionou a necessidade de aumentar o 
número de ogivas operacionais devido ao risco de conflito com a Rússia e a China. Stoltenberg alertou sobre a possibilidade de enfrentar dois adversários nucleares, China e Rússia.

A China recebeu críticas por não participar de uma conferência sobre a paz na Ucrânia, e os 
EUA a acusam de apoiar a indústria militar russa.

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