Até agora, Israel convocou um total de 287 mil reservistas, o maior recrutamento na história do país
O governo de Israel autorizou nesta quarta-feira (5) a mobilização de 50 mil reservistas adicionais devido ao aumento da tensão na fronteira norte com o Líbano, onde a troca de hostilidades com o grupo terrorista xiita Hezbollah se intensificou nos últimos dias.
Israel já havia mobilizado cerca de 300 mil reservistas quando a guerra na Faixa de Gaza começou, e muitos deles foram destacados para a fronteira norte, onde as hostilidades com o Hezbollah e outros grupos terroristas palestinos eclodiram no dia seguinte, paralelamente ao conflito no enclave.
Agora, a mobilização total de 350 mil reservistas estará em vigor até 31 de agosto, de acordo com a ordem executiva aprovada hoje, segundo informou a emissora de rádio oficial do Exército israelense sobre esta decisão aprovada pelo Ministério da Defesa.
Até agora, Israel convocou um total de 287 mil reservistas, o maior recrutamento na história do país, embora muitos já tenham sido dispensados das suas funções.
"Estamos preparados para uma ação muito forte no norte. De uma forma ou de outra, restauraremos a segurança no país", disse nesta quarta o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, durante uma visita às tropas destacadas na fronteira com o Líbano.
Nesta manhã, a defesa aérea israelense interceptou um drone na área de Metula, uma cidade no norte de Israel onde nesta terça (4) foram devastados mil hectares por incêndios provocados por estilhaços de projéteis do Hezbollah.
"Os alertas sobre foguetes e mísseis foram ativados devido ao perigo de estilhaços caírem do interceptador. Nenhum ferimento ou dano foi relatado em nenhum dos incidentes", informou o Exército israelense, que geralmente responde a estes incidentes com bombardeios no sul do Líbano.
As hostilidades na fronteira começaram em 8 de outubro, um dia após o início da guerra na Faixa de Gaza, em uma demonstração de solidariedade do Hezbollah às milícias islâmicas palestinas no enclave, embora a troca de fogo tenha se intensificado muito nas últimas semanas, o que levanta temores de uma guerra aberta entre as partes.
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