A fronteira com o Líbano está passando por seu maior pico de tensão desde 2006
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse nesta quarta-feira (19) que as Forças de Defesa do país (IDF) estão "se preparando para qualquer cenário" em relação ao grupo terrorista libanês Hezbollah, com o qual mantém uma troca de disparos diária na fronteira com o Líbano, no norte do país.
Os militares israelenses estão treinando "em terra e ar, fortalecendo os sistemas de inteligência e se preparando para todas as possibilidades", disse o ministro em uma reunião de avaliação da situação junto com o chefe do Estado-Maior das IDF, Herzi Halevi.
Gallant também enfatizou a obrigação das IDF de "mudar a situação no norte e fazer com que os cidadãos possam voltar em segurança para suas casas", referindo-se aos mais de 60 mil israelenses deslocados que vivem perto da fronteira e que agora estão em hotéis e outras acomodações financiadas pelo poder público.
A reunião de avaliação ocorreu enquanto, no Líbano, o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, reiterava que não está buscando uma guerra aberta com Israel, mas que, se as forças israelenses declararem guerra, o grupo terrorista lutará "sem controle, regras ou limites".
Nasrallah disse que incluiria o Chipre como um beligerante em um possível conflito se ele permitir que Israel use suas bases ou campos de aviação durante uma possível guerra contra o Líbano.
No início da tarde desta quarta-feira, Halevi disse que as forças israelenses possuem "fortes capacidades das quais o inimigo está apenas parcialmente ciente", em resposta a um vídeo divulgado pelo Hezbollah nesta terça-feira (18) mostrando imagens do território israelense captadas por um drone que sobrevoou o norte do país.
"Eles as conhecerão quando necessário, no momento certo", acrescentou Halevi nesta quarta em uma visita às baterias de defesa aérea ao longo da fronteira.
A fronteira com o Líbano está passando por seu maior pico de tensão desde 2006, com uma troca de disparos desde 8 de outubro do ano passado que, nas últimas semanas, tornou-se cada vez mais constante e intensa, aumentando os temores de uma guerra aberta entre os lados.
Até o momento, essa escalada de violência já causou a morte de cerca de 500 pessoas, a maioria entre combatentes do Hezbollah, que confirmou cerca de 320 baixas.
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