Hamas e Jihad Islâmica dão resposta 'positiva' a proposta de cessar-fogo dos EUA

Pôr do sul em Khan Yunis, cidade na Faixa de Gaza | Foto: EFE/EPA/HAITHAM IMAD

Catar e o Egito disseram que haviam recebido a resposta do grupo islâmico e de outras facções palestinas


Em comunicado conjunto, os grupos terroristas Hamas e Jihad Islâmica apresentaram nesta terça-feira (11) sua resposta à última oferta de trégua com Israel e expressaram vontade "positiva" de chegar a um acordo de cessar-fogo em Gaza.

Essa foi a primeira resposta oficial sobre a proposta de trégua desde que ela foi apresentada pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, há dez dias.

"A resposta prioriza o interesse do nosso povo palestino e a necessidade de uma interrupção completa da agressão em curso contra a Faixa de Gaza", disseram os dois grupos terroristas no texto sobre a proposta de trégua, que também foi endossada ontem pelo Conselho de Segurança da ONU em uma nova resolução.

No comunicado, os grupos reiteraram a exigência para que e Israel se retire completamente de Gaza e confirmaram que entregaram sua resposta oficial na tarde desta terça-feira às delegações de Egito e Catar, países mediadores do conflito junto com os Estados Unidos, durante uma reunião que tiveram com o primeiro-ministro catariano.

Catar e o Egito disseram que haviam recebido a resposta do grupo islâmico e de outras facções palestinas.

Mais cedo, o Hamas mostrou-se satisfeito com a última resolução do órgão da ONU e disse que estava aberto a "cooperar" com os mediadores para conseguir um cessar-fogo na Faixa.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, que está percorrendo o Oriente Médio pela oitava vez desde o início da guerra em Gaza, reiterou nos últimos dias que apenas o "sim" da organização terrorista era necessário para avançar com essa proposta dividida em três fases e que contempla um plano para acabar com a guerra.

Nas últimas horas, Israel voltou a insistir que não porá um fim definitivo à guerra antes de alcançar seus três objetivos: reduzir as capacidades militares e civis do Hamas, fazer com que o Hamas deixe de ser uma ameaça para Israel e trazer de volta os 116 reféns que continuam em poder de grupos palestinos desde 7 de outubro do ano passado.

"A proposta que foi apresentada permite que Israel atinja esses objetivos, e nós o faremos", disse uma autoridade israelense nesta terça-feira sobre a resolução do Conselho de Segurança da ONU, que estabelece um plano de três fases para acabar com a guerra de Gaza.

Até o momento, esses foram os únicos comentários do governo do premiê israelense, Benjamin Netanyahu, que aguarda uma resposta oficial à proposta de trégua.

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