Foguetes lançados pelo Hezbollah provocam incêndio no norte de Israel

Incêndio irrompe de um míssil disparado do sul do Líbano, próximo à cidade de Kiryat Shmona| Foto: EFE/EPA/ATEF SAFADI

A fronteira entre Israel e Líbano vive o seu pico de tensão mais elevado desde 2006


Mais de mil hectares foram afetados na manhã desta terça-feira (4) por um incêndio na área de Kiryat Shmona, no norte de Israel e muito perto da fronteira com o Líbano, após ataques de drones e foguetes do Hezbollah que caíram em terreno aberto perto do local, segundo informou o Alma Center, uma instituição de investigação israelense.

"As forças (de extinção) tomaram o controle dos incêndios, neste momento não há perigo para a vida humana", afirma um comunicado militar, segundo o qual está previsto o envio de mais forças de reserva, meios de engenharia e mecânicos, carros de bombeiros e tanques de combate a incêndios.

Até o momento, seis reservistas ficaram feridos pela inalação de fumaça enquanto trabalhavam para controlar as queimas violentas, diz um trecho do comunicado.

Por sua vez, o gabinete do Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu informou que o líder israelense teve uma reunião com funcionários de alto escalão na noite desta segunda (3) para discutir a situação no norte do país, segundo o jornal Times of Israel.

O aumento das temperaturas em Israel na tarde desta segunda alimentou os incêndios, que ocorrem desde domingo devido à queda de projéteis do grupo terrorista xiita Hezbollah, contra a qual o Exército mantém uma troca constante de hostilidades na fronteira com o Líbano há meses.

A fronteira entre Israel e Líbano vive o seu pico de tensão mais elevado desde 2006, com uma intensa troca de tiros desde outubro, que custou a vida de centenas de pessoas, tanto do lado libanês como do israelense.

Em Israel, 23 pessoas morreram no norte (13 soldados e 10 civis); enquanto do outro lado da fronteira os números apontam para 416 mortes, incluindo 47 membros de milícias, um soldado libanês e cerca de 70 civis.

As hostilidades na divisão começaram em 8 de outubro, um dia após o início da guerra na Faixa de Gaza, em uma demonstração de solidariedade do Hezbollah aos grupos terroristas palestinos no enclave, embora a troca de fogo tenha se intensificado muito nas últimas semanas, o que levanta temores de uma guerra aberta entre as partes.

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