O texto da resolução pede ao Hamas que "aceite totalmente (o acordo) e implemente seus termos sem demora e sem condições"
O governo dos EUA impulsionou a proposta de trégua entre Israel e Hamas por meio de uma resolução no Conselho de Segurança da ONU nesta terça-feira (4), em uma nova tentativa de superar a reticência do governo do Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu e fazer com que ela seja aceita pelo Hamas.
A embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, publicou esse projeto de resolução nas últimas horas, que, além disso, cruza com outro promovido pela Argélia e que está circulando há vários dias entre os 15 membros do Conselho.
A resolução dos EUA é curta, com apenas cinco pontos, e não exige uma trégua imediata das partes.
A proposta diz que "o acordo anunciado em 31 de maio permitirá um cessar-fogo, a retirada das forças israelenses das áreas povoadas da Faixa de Gaza, a libertação de reféns, um aumento na ajuda humanitária, a restauração dos serviços básicos e o retorno dos civis palestinos ao norte do enclave". Não há nenhum apelo específico dirigido a Israel.
Assim, o texto da resolução pede ao Hamas que "aceite totalmente (o acordo) e implemente seus termos sem demora e sem condições".
É improvável que o documento supere a oposição da Rússia e da China, dois membros permanentes com direito a veto que se opuseram a outras resoluções com base nesse argumento no passado.
Embora o plano de três fases tenha sido apresentado na semana passada por Joe Biden como uma proposta israelense, ficou claro ao longo dos dias que se trata mais de uma tentativa dos EUA de forçar um acordo entre as partes.
Nesta segunda-feira (3), Biden conversou por telefone com o emir do Catar, Tamim Bin Hamad Al Thani, e "assegurou" que Israel está "pronto para avançar" com a proposta de trégua em Gaza para uma troca de reféns israelenses na Faixa por prisioneiros palestinos em Israel.
Ele também aproveitou a oportunidade para pedir ao Catar que use sua influência sobre o Hamas para que o grupo palestino concorde com a proposta de cessar-fogo.
O Primeiro-Ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que insistiu que deseja uma "vitória total" sobre o Hamas, evitou se comprometer com a proposta de trégua e disse que o plano detalhado na última sexta-feira por Biden estava incompleto.
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