Espanha se junta ao processo da África do Sul na CIJ acusando Israel de genocídio

ARQUIVO - O Ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares Bueno, discursa em uma conferência de imprensa antes das negociações sobre o Oriente Médio em Bruxelas, em 27 de maio de 2024. A Espanha pedirá a um tribunal da ONU permissão para se juntar ao caso da África do Sul, que acusa Israel de genocídio em Gaza. A Espanha é o primeiro país europeu a tomar essa medida após a África do Sul apresentar o caso ao Tribunal Internacional de Justiça no final do ano passado. A acusação alega que Israel está violando a convenção de genocídio em seu ataque militar que devastou grandes áreas de Gaza | Foto AP/Geert Vanden Wijngaert, Arquivo

O anúncio do ministro das Relações Exteriores espanhol acontece dias depois do reconhecimento oficial da Palestina como Estado por parte de Espanha, Noruega e Irlanda


O ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, anunciou nesta quinta-feira (6) que seu país vai intervir no procedimento contra Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ), iniciado pela África do Sul, em relação à situação na Faixa de Gaza.

Albares afirmou que a Espanha toma esta decisão devido à continuação da operação militar israelense em Gaza e à "enorme preocupação" causada pela expansão regional do conflito.

"É um passo que estamos considerando há muitas semanas, que outros países já deram e outros anunciaram que vão dar. O nosso objetivo é duplo: que a paz regresse a Gaza e ao Oriente Médio e por compromisso com o direito internacional", alegou.

A Espanha junta-se assim a México, Colômbia, Nicarágua e Líbia, países que já apoiaram o processo que acusa Israel de genocídio, iniciado pela África do Sul na Corte de Justiça de Haia (CIJ), o tribunal máximo das Nações Unidas.

O presidente do Chile, Gabriel Boric, anunciou no dia 1º de junho que seu país também se juntará à denúncia e exigiu mais uma vez "uma resposta firme da comunidade internacional" ao que chamou de "massacre na Palestina".

O anúncio do ministro das Relações Exteriores espanhol acontece dias depois do reconhecimento oficial da Palestina como Estado por parte de Espanha, Noruega e Irlanda.

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