"Quando eu for presidente, não permitiremos que as nossas faculdades sejam tomadas por radicais violentos"
O ex-presidente e atual candidato presidencial pelo Partido Republicano Donald Trump afirmou durante um comício de campanha neste domingo (12), em Nova Jersey, que irá deportar estudantes estrangeiros que participaram de protestos contra Israel.
"Quando eu for presidente, não permitiremos que as nossas faculdades sejam tomadas por radicais violentos. Se você vier de outro país e tentar trazer o jihadismo, o antiamericanismo ou o antissemitismo para os campi, nós o deportaremos imediatamente. Você estará fora daquela escola", disse o político.
A declaração acompanha um movimento dos republicanos no Congresso, que enviaram uma carta ao Departamento de Estado e ao Departamento de Segurança Interna exigindo a deportação de estudantes estrangeiros que, segundo eles, "participaram de manifestações de apoio ao Hamas" nas universidades nos últimos dias.
"Estamos preocupados com os recentes relatos de manifestações em solo dos EUA, incluindo manifestações estudantis em apoio ao Hamas, uma organização terrorista estrangeira designada, na sequência dos chocantes ataques terroristas ao nosso aliado mais próximo no Médio Oriente, Israel. Essas manifestações envolvem potencialmente portadores de visto de estudante", diz um trecho do documento dirigido aos secretários de Estado, Antony Blinken, e de Segurança Interna, Alejandro Mayorkas.
Trump também fez novas críticas ao presidente Joe Biden por "abandonar" Israel com a interrupção temporário do envio de armas pesadas. "Esta semana, ele [Biden] anunciou que iria suspender o envio de armas para Israel enquanto lutam para erradicar os terroristas do Hamas em Gaza. Foi chocante ouvir isso, principalmente quando ainda há reféns americanos detidos pelo Hamas. As ações de Biden são uma das piores traições de um aliado americano na história do nosso país", afirmou.
Depois disso, Trump declarou seu apoio ao direito de Israel de "vencer a guerra contra o terrorismo" no Oriente Médio. O ex-presidente dos EUA e o Primeiro-Ministro israelense, Benjamin Netanyahu, demonstravam ter uma forte relação diplomática.
Atualmente, o governo Biden enfrenta discordâncias com Jerusalém devido a uma operação especial de Israel na cidade de Rafah, considerado o último grande reduto do Hamas em Gaza. O mandatário americano afirmou na semana passada que a ação representava uma "linha vermelha" para sua administração, no entanto Netanyahu disse que o país prosseguirá seu plano de eliminar totalmente o Hamas do enclave palestino "para que o 7 de Outubro nunca se repita".
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