Promotor do Tribunal Penal Internacional pede prisão de Netanyahu e de líderes do Hamas

Pedido inclui Netanyahu, seu ministro da Defesa e três líderes do Hamas | Foto: Reprodução/Vídeo/YouTube/The Independent

Pedido foi feito nesta segunda-feira, 20, e inclui cinco indiciados

O procurador Karim Khan, do Tribunal Penal Internacional (TPI), pediu a prisão do Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, de seu ministro da Defesa, Yoav Gallant, e de três líderes do Hamas.

"Hoje estou apresentando pedidos de mandados de prisão perante a Câmara de Instrução do Tribunal Penal Internacional na Situação no Estado da Palestina", disse Khan, em nota divulgada nesta segunda-feira (20).

Segundo o promotor, haveria provas de crimes de guerra contra os cinco desde 7 de outubro, quando teve início a guerra em Gaza, deflagrada depois do ataque do Hamas em Israel. 

Veja a lista dos pedidos de prisão:

  • Yahya Sinwar (chefe do Movimento de Resistência Islâmica, o Hamas, na Faixa de Gaza),

  • Mohammed Diab Ibrahim Al-Masri, mais conhecido como A DEIF (comandante-em-chefe da ala militar do Hamas, conhecida como Brigadas al-Qassam

  • Ismail Haniyeh (chefe do Escritório Político do Hamas) 

  • Benjamin Netanyahu, Primeiro-Ministro de Israel

  • Yoav Gallant, ministro da Defesa de Israel


Procurador do TPI lista supostos crimes contra Netanyahu e líderes do Hamas

Promotor Karim Khan, do TPI, divulgou comunicado oficial nesta segunda-feira, 20, em que informa sobre o pedido de prisão de Netanyahu e dos líderes do Hamas | Foto: Divulgação/TPI
Promotor Karim Khan, do TPI, divulgou comunicado oficial nesta segunda-feira, 20, em que informa sobre o pedido de prisão de Netanyahu e dos líderes do Hamas | Foto: Divulgação/TPI 

Quanto aos líderes da organização terrorista, o promotor do TPI listou oito condutas que se configurariam como crimes contra a humanidade e crimes de guerra, de acordo com o Estatuto de Roma:

  • O extermínio como crime contra a humanidade;

  • O homicídio como crime contra a humanidade;

  • Tomar reféns como crime de guerra;

  • A violação e outros atos de violência sexual em cativeiro são crimes contra a humanidade e crime de guerra;

  • A tortura;

  • Outros atos desumanos como crime contra a humanidade;

  • Tratamento cruel como crime de guerra; e

  • Ultrajes à dignidade pessoal como crime de guerra.

"O meu Gabinete sustenta que existem motivos razoáveis ​​para acreditar que o Sinwar, a Deif e a Haniyef são criminalmente responsáveis ​​pela morte de centenas de civis israelitas em ataques perpetrados pelo Hamas (em particular pelo seu braço militar, as Brigadas al-Qassam) e outros grupos armados no dia 7 de outubro", escreveu o procurador.

A Netanyahu, o procurador lista os seguintes crimes de guerra e contra a humanidade:

  • A fome de civis como método de guerra;

  • Causar intencionalmente grande sofrimento ou lesões graves ao corpo ou à saúde ou tratamento cruel como crime de guerra;

  • Homicídio intencional contrário;

  • Dirigir intencionalmente ataques contra uma população civil;

  • Extermínio e/ou homicídio, inclusive no contexto de mortes causadas por fome, como crime contra a humanidade;

  • A perseguição como crime contra a humanidade;

  • Outros atos desumanos considerados crimes contra a humanidade

Israel declarou guerra ao Hamas em 7 de outubro de 2023, depois de um ataque brutal dos terroristas, que resultou na morte de mais de 1,2 mil pessoas — a maioria civil.

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