Pedido foi feito nesta segunda-feira, 20, e inclui cinco indiciados
O procurador Karim Khan, do Tribunal Penal Internacional (TPI), pediu a prisão do Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, de seu ministro da Defesa, Yoav Gallant, e de três líderes do Hamas.
"Hoje estou apresentando pedidos de mandados de prisão perante a Câmara de Instrução do Tribunal Penal Internacional na Situação no Estado da Palestina", disse Khan, em nota divulgada nesta segunda-feira (20).
Segundo o promotor, haveria provas de crimes de guerra contra os cinco desde 7 de outubro, quando teve início a guerra em Gaza, deflagrada depois do ataque do Hamas em Israel.
Veja a lista dos pedidos de prisão:
- Yahya Sinwar (chefe do Movimento de Resistência Islâmica, o Hamas, na Faixa de Gaza),
- Mohammed Diab Ibrahim Al-Masri, mais conhecido como A DEIF (comandante-em-chefe da ala militar do Hamas, conhecida como Brigadas al-Qassam
- Ismail Haniyeh (chefe do Escritório Político do Hamas)
- Benjamin Netanyahu, Primeiro-Ministro de Israel
- Yoav Gallant, ministro da Defesa de Israel
Procurador do TPI lista supostos crimes contra Netanyahu e líderes do Hamas
Promotor Karim Khan, do TPI, divulgou comunicado oficial nesta segunda-feira, 20, em que informa sobre o pedido de prisão de Netanyahu e dos líderes do Hamas | Foto: Divulgação/TPI |
Quanto aos líderes da organização terrorista, o promotor do TPI listou oito condutas que se configurariam como crimes contra a humanidade e crimes de guerra, de acordo com o Estatuto de Roma:
- O extermínio como crime contra a humanidade;
- O homicídio como crime contra a humanidade;
- Tomar reféns como crime de guerra;
- A violação e outros atos de violência sexual em cativeiro são crimes contra a humanidade e crime de guerra;
- A tortura;
- Outros atos desumanos como crime contra a humanidade;
- Tratamento cruel como crime de guerra; e
- Ultrajes à dignidade pessoal como crime de guerra.
"O meu Gabinete sustenta que existem motivos razoáveis para acreditar que o Sinwar, a Deif e a Haniyef são criminalmente responsáveis pela morte de centenas de civis israelitas em ataques perpetrados pelo Hamas (em particular pelo seu braço militar, as Brigadas al-Qassam) e outros grupos armados no dia 7 de outubro", escreveu o procurador.
A Netanyahu, o procurador lista os seguintes crimes de guerra e contra a humanidade:
- A fome de civis como método de guerra;
- Causar intencionalmente grande sofrimento ou lesões graves ao corpo ou à saúde ou tratamento cruel como crime de guerra;
- Homicídio intencional contrário;
- Dirigir intencionalmente ataques contra uma população civil;
- Extermínio e/ou homicídio, inclusive no contexto de mortes causadas por fome, como crime contra a humanidade;
- A perseguição como crime contra a humanidade;
- Outros atos desumanos considerados crimes contra a humanidade
Israel declarou guerra ao Hamas em 7 de outubro de 2023, depois de um ataque brutal dos terroristas, que resultou na morte de mais de 1,2 mil pessoas — a maioria civil.
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