Um estudo recente revelou que a maioria dos judeus israelitas acreditam que o extermínio pelos nazistas pode ser comparado com o ataque do Hamas
Mais da metade dos judeus israelitas enchergam uma comparação entre o Holocausto e o "7 de Outubro", segundo uma pesquisa recente feita em Israel.
O estudo do Israel Democracy Institute, realizado com 600 entrevistados judeus, revelou que 54% acreditam que os dois eventos poderiam ser comparados, enquanto 39% disseram que não concordavam com a comparação e 8% não tinham certeza.
A pesquisa foi publicada na segunda-feira (6), quando Israel marcava o Dia da Memória do Holocausto, conforme o jornal The Times of Israel.
A comparação entre o extermínio de judeus pelo regime nazista e o ataque do grupo terrorista Hamas se tornou comum entre os líderes israelitas desde o 7 de Outubro. O Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, chegou a descrever o Hamas como os "novos nazistas".
"Nunca mais é agora"
As famílias dos reféns do grupo islâmico também passaram a fazer a comparação. No sábado (4), em Tel Aviv, aconteceu uma manifestação de familiares com o lema "Nunca mais é agora", em referência ao Holocausto.
"Antes do Yom Hashoah (Dia da Memória do Holocausto) deste ano, o debate que começou há mais de seis meses se intensificou, sobre a relevância das comparações entre os eventos de 7 de outubro e os eventos do Holocausto", comentou Tamar Hermann, diretor do Centro Viterbi de Opinião Pública e Pesquisa de Políticas do IDI.
E acrescentou: "O fato de entre os entrevistados judeus, uma maioria sentir que existe uma base para tal comparação, sugere que apesar da diferença óbvia entre as circunstâncias em ambos os períodos, e apesar de Israel ser um país soberano e militarmente forte, o sentimento de ameaça existencial é um elo muito forte entre antes e agora, especialmente contra o pano de fundo do ódio antissemita e anti-israelense em todo o mundo hoje".
Durante discurso na cerimônia oficial do Dia da Memória do Holocausto, no domingo (5), Netanyahu declarou que após 80 anos do fim do holocausto, Israel volta a enfrentar um inimigo "implacável e brutal" que quer sua destruição.
O primeiro-ministro afirmou que o ataque recente "não foi um Holocausto, não devido à ausência de intenção de nos aniquilar, mas por falta de habilidade".
"Os assassinos do Hamas são guiados exatamente pelo mesmo objetivo", embora, ao contrário do que aconteceu durante o Holocausto, hoje Israel "tenha uma força que pode defendê-lo", observou Netanyahu.
Em outra declaração, ele ponderou: "A escala da carnificina no Holocausto é inimaginável. É igual a 5 mil ‘7 de outubro".
*Com informações do The Times of Israel via portal Guiame
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