Desde o início da guerra de Israel contra o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza, em outubro, o antissemitismo está em alta no país
O Memorial do Holocausto de Paris foi alvo de um ato de vandalismo antissemita nesta terça-feira (14), data que marca 83 anos da primeira grande captura de judeus franceses pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.
Pinturas com mãos vermelhas, representando sangue, foram feitas no Muro dos Justos, parte da estrutura do memorial. O prefeito do distrito central de Paris, Ariel Weil, disse à agência France-Presse (AFP) que cerca de dez outros locais, incluindo escolas e creches, no bairro histórico de Marais, de grande comunidade judaica, também foram alvos de vandalismo.
A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, classificou o episódio como um "ato indescritível". O presidente francês, Emmanuel Macron, também condenou o ato e disse que a França "permanecerá firme face ao odioso antissemitismo".
A AFP disse que funcionários do Memorial do Holocausto trabalharam ao longo do dia na remoção das pinturas.
Várias entidades judaicas também se manifestaram sobre o ato antissemita. O Congresso Judaico Europeu se disse "triste e enojado com o vandalismo antissemita que desfigurou o memorial da Shoah em Paris com mãos vermelhas de sangue no Muro dos Justos".
"Isto é um desrespeito escandaloso à memória das vítimas do Holocausto e aos indivíduos que arriscaram as suas vidas para salvar os judeus", afirmou, em nota no X.
Desde o início da guerra de Israel contra o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza, em outubro, o antissemitismo está em alta no país. O Conselho de Instituições Judaicas na França relatou em janeiro que ocorreram 1.676 atos antissemitas no país no ano passado, enquanto no ano anterior haviam sido registrados 436 casos.
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