"O Irã é inimigo tanto de Israel quanto da Argentina e lidera, junto com o Hezbollah, a atividade terrorista na América do Sul e em todo o mundo"
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, pediu nesta sexta-feira (12) que a Argentina declare a Guarda Revolucionária Iraniana uma "organização terrorista", após a decisão judicial desta quinta-feira (11) que responsabilizou Irã e Hezbollah pelo bombardeio de 1994 da Associação Mutual Israelense-Argentina (AMIA) em Buenos Aires, que deixou 85 mortos e 300 feridos.
"Conversei com a ministra das Relações Exteriores da Argentina, Diana Mondino, e solicitei que a Argentina declare a Guarda Revolucionária do Irã como uma "organização terrorista", disse Katz em comunicado.
"O Irã é inimigo tanto de Israel quanto da Argentina e lidera, junto com o Hezbollah, a atividade terrorista na América do Sul e em todo o mundo. Essa decisão contra a Guarda Revolucionária será um passo importante para impedir a agressão iraniana. Agora é a hora de frear o Irã", disse o ministro.
Essas observações ocorrem no momento em que Israel se prepara para um eventual ataque do Irã em retaliação ao bombardeio que é atribuído ao país na embaixada iraniana em Damasco em 1º de abril, no qual sete integrantes da Guardas Revolucionária foram mortos.
De acordo com a imprensa israelense, espera-se que o Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, faça uma avaliação da situação de segurança em meio aos preparativos para um possível ataque, do qual também participarão o ministro da Defesa, Yoav Gallant, e o ministro Benny Gantz.
Países como a França aconselharam nesta sexta-feira que seus cidadãos evitem viagens a Israel, Irã, Líbano e territórios palestinos devido ao "risco de escalada militar" nessa parte do Oriente Médio. Na mesma advertência, o governo francês também aconselhou as famílias dos diplomatas que estão em Teerã a retornarem à França.
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