"Qualquer interferência da China nas nossas eleições é algo que estamos analisando com muito cuidado e é totalmente inaceitável para nós"
O secretário de Estado americano, Antony Blinken, disse nesta sexta-feira (26) que os Estados Unidos têm indícios de que a China está tentando interferir na eleição presidencial que será realizada em 5 de novembro.
Blinken fez os comentários à CNN após um encontro em Pequim com altos funcionários do país asiático, incluindo o ditador Xi Jinping.
"Temos visto, de modo geral, evidências de tentativas de influenciar e possivelmente interferir, e queremos ter certeza de que isso será interrompido o mais rápido possível", disse Blinken.
"Qualquer interferência da China nas nossas eleições é algo que estamos analisando com muito cuidado e é totalmente inaceitável para nós, por isso queria ter a certeza de que ouviriam essa mensagem novamente", afirmou o secretário de Estado.
Em entrevista coletiva, Blinken disse que pediu à China que não ajude a Rússia e não lhe forneça componentes que possam ser usados na sua guerra contra a Ucrânia.
"Deixei claro nas reuniões que a China não pode ajudar a Rússia fornecendo componentes eletrônicos, mecânicos, eletromecânicos e outros tipos de tecnologia de Defesa", disse Blinken.
O secretário de Estado apontou que o possível banimento do TikTok não foi discutido no encontro com Xi – nesta semana, o presidente Joe Biden assinou uma lei que estipula que a empresa chinesa ByteDance deve vender a rede social dentro de um ano, caso contrário, a plataforma será proibida nos Estados Unidos.
Por sua vez, o Ministério das Relações Exteriores da China disse em comunicado que Xi afirmou a Blinken na reunião que os Estados Unidos devem "ser fiéis à sua palavra" para lidar com os "problemas ainda por resolver" na relação bilateral.
"China e EUA passaram por altos e baixos, mas devemos respeitar-nos, cooperar e coexistir. Devemos ser parceiros e não prejudicar-nos mutuamente, e para isso devemos procurar pontos em comum, ser fiéis às palavras e decisivos nas ações", disse Xi, segundo a chancelaria chinesa.
*Com informações da Agência EFE
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