O ex-presidente admitiu, em referência às restrições ao aborto, que "as eleições têm de ser vencidas"
O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, futuro candidato do Partido Republicano para as eleições de novembro à Casa Branca, manifestou nesta quarta-feira seu aparente apoio para proibir o aborto após 15 semanas de gestação, embora com exceções.
"O número de semanas com que as pessoas concordam agora é 15. E estou pensando nisso. E será algo muito razoável", disse Trump em entrevista ao programa 'Sid & Friends in the Morning', da emissora ABC.
"Mas as pessoas", acrescentou, "até mesmo os radicais concordam, ao que parece, que 15 semanas parece ser um número com o qual as pessoas concordam".
Trump, que matematicamente já venceu as primárias republicanas para a Casa Branca, manifestou esperança de que "seja capaz de unir o país em torno desta questão" assim que anunciar sua proposta, apesar da maioria dos americanos ser a favor do aborto.
Desde que a Suprema Corte dos EUA anulou, em junho de 2022, a decisão de 1973 que legalizava de fato o aborto em todo o país, esta tornou-se a principal questão que dividiu democratas e republicanos nas urnas.
O ex-presidente admitiu, em referência às restrições ao aborto, que "as eleições têm de ser vencidas", portanto a proposta republicana deve levar isso em conta.
"Se não vencer as eleições, acabará voltando à estaca zero nesta questão", disse.
Dezenas de estados conservadores promulgaram restrições ou proibições ao aborto desde a decisão da Suprema Corte de 2022.
Trump nomeou três dos nove juízes que compõem a alta corte durante seu mandato de 2017 a 2021, expandindo a maioria conservadora para 6-3.
O ex-mandatário tem repetidamente assumido o crédito pela decisão do Supremo que consolidou o apoio dos setores mais conservadores do país em torno da sua figura.
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