Defesa afirma que Trump não pode pagar US$ 464 milhões para recorrer em caso sobre fraude

O ex-presidente dos EUA Donald Trump | Foto: EFE/CRISTOBAL HERRERA-ULASHKEVICH

Os advogados de Trump pediram a um tribunal de apelações que adiasse a emissão da fiança até que a apelação do caso fosse concluída no tribunal


O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump não pode pagar uma fiança de US$ 464 milhões (R$ 2,3 bilhões) para recorrer de um caso de fraude em Nova York, conforme indicaram nesta segunda-feira (18) os advogados do provável candidato republicano às eleições presidenciais.

Os advogados de Trump e de outros réus no caso de fraude argumentaram que era "impossível" para eles obterem uma fiança de apelação integral.

"Os contínuos esforços diligentes dos réus demonstraram que a fiança no valor total da sentença é 'uma impossibilidade prática'", escreveram os advogados.

Além disso, a equipe jurídica observou que abordaram aproximadamente 30 companhias de seguros por meio de quatro corretores diferentes e passaram "inúmeras horas negociando", mas não conseguiram uma seguradora.

Os advogados de Trump pediram a um tribunal de apelações que adiasse a emissão da fiança até que a apelação do caso fosse concluída no tribunal.

Um juiz de Nova York ordenou em fevereiro que Trump e outros réus pagassem um total de US$ 464 milhões em indenizações e juros por violarem um estatuto antifraude de Nova York.

Desse total, Trump foi condenado a pagar US$ 454 milhões.

Em Nova York, os réus em processos civis devem pagar fiança no valor de ao menos 110% do valor da sentença para atrasar o pagamento da multa enquanto recorrem, pelo que a fiança de recurso de Trump é de US$ 464 milhões.

Se Trump e outros não conseguirem obter fiança conforme exigido pela lei nova-iorquina, poderão não conseguir recorrer dos danos e juros que foram condenados a pagar.

No início deste mês, Trump pagou fiança de quase US$ 92 milhões para apelar dos US$ 83,3 milhões em danos que um júri lhe ordenou repassar à escritora E. Jean Carroll em um caso distinto sobre "difamação" ao negar suas acusações de agressão sexual.

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