Netanyahu reiterou sua rejeição a qualquer acordo de cessar-fogo permanente com o grupo terrorista
O Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que a guerra na Faixa de Gaza "não deve terminar antes que Israel mate as lideranças do Hamas". A declaração foi feita durante uma reunião de seu partido, o Likud, nesta segunda-feira (5).
"O nosso objetivo é uma vitória absoluta sobre o Hamas. Vamos matar a liderança do Hamas, portanto devemos continuar agindo em todas as áreas da Faixa de Gaza. A guerra não deve terminar antes disso. Levará tempo, meses, não anos", disse o premiê.
Com isso, Netanyahu reiterou sua rejeição a qualquer acordo de cessar-fogo permanente com o grupo terrorista, que impõe tal proposta em troca dos reféns que permanecem no enclave desde outubro.
Uma reportagem do jornal New York Times no final de janeiro afirmou que os negociadores liderados pelos EUA estão muito perto de firmar uma nova trégua que suspenderia os ataques de Israel por cerca de dois meses em troca da liberação dos reféns. Segundo o jornal, o acordo poderá ser firmado nas próximas semanas.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, realiza sua 5ª visita ao Oriente Médio, desde o início da guerra. Nesta segunda (5), ele se reuniu em Riad com o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, com quem analisou os esforços para alcançar "segurança e estabilidade" na região diante da crescente tensão entre os países.
De acordo com a agência de notícias oficial saudita SPA, as duas autoridades "analisaram aspectos das relações bilaterais e as perspectivas de cooperação conjunta, além de discutir a evolução da situação regional e os esforços para alcançar a segurança e a estabilidade", sem fornecer mais detalhes.
Segundo o Departamento de Estado dos EUA, Blinken "ressaltou a importância de atender às necessidades humanitárias na Faixa de Gaza e de evitar a disseminação do conflito" no Oriente Médio. Ambos discutiram "a necessidade urgente de reduzir as tensões regionais, incluindo a cessação dos ataques houthis que prejudicam tanto a liberdade de navegação no mar Vermelho quanto o progresso do processo de paz no Iêmen".
A nova viagem ocorre depois que os chefes de inteligência de Israel, dos EUA e do Egito, assim como o primeiro-ministro do Catar, chegaram a um acordo proposto sobre uma nova trégua e uma troca de reféns por prisioneiros palestinos após dois dias de reunião em Paris na semana passada. Essa minuta foi então passada para a liderança política do Hamas, que atualmente estuda a proposta.
Nesse contexto, o chefe do escritório político da milícia, Ismail Haniyeh, pediu na sexta-feira (2) "o fim completo dos combates" na Faixa de Gaza em troca da libertação dos reféns e disse que a Jihad Islâmica, outro grupo terrorista que opera na Faixa, está exigindo o mesmo.
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