Em entrevista exclusiva ao Guiame, o israelense Shlomi Berger contou sobre os dias de angústia que tem vivido desde que Agam foi sequestrada no ataque de 7 de outubro
Shlomi Berger é um pai israelense que tem vivido dias de angústia desde o ataque do grupo terrorista Hamas em Israel.
Sua filha, Agam Berger, de 19 anos, foi sequestrada pelos terroristas, junto com outras centenas de mulheres e crianças, e mantida refém nos túneis do Hamas na Faixa de Gaza.
Em entrevista exclusiva ao Guiame, Shlomi contou como tudo aconteceu no trágico dia 7 de outubro do ano passado.
O israelense disse que estava em casa em Holon, uma cidade perto de Tel Aviv. Ele e a família acordaram na manhã daquele sábado com o som das sirenes.
"Iniciou por volta das 6h30 da manhã, quando ouvimos as sirenes. E depois vieram os foguetes. Metade de Israel foi atingida por foguetes. Nós entramos em uma sala segura em nossa casa", disse Shlomi.
Neste momento, eles receberam uma ligação de Agam, que estava no kibutz de Nahal Oz. Ela disse: "Eu estou em um abrigo e tem foguetes aqui. Estou na parte de dentro, eu não sei o que está acontecendo lá fora", relatou o pai.
Shlomi Berger com sua esposa e filhas | Foto: Arquivo pessoal |
Segundo ele, no início, a família não se preocupou porque estão estão acostumados a viver em meio ao conflito.
"Sempre há uma tensão entre Israel e vizinhos e os palestinos do Hamas, que estão dentro de Gaza", comentou. "Então, eu pensei: 'Ok, isso vai parar e vamos conversar depois'".
Depois de meia hora, as sirenes cessaram, a família saiu do abrigo e Shlomi ligou a TV para saber o que estava acontecendo no país.
Última conversa com a filha
Por volta das 7h45 da manhã, houve outro ataque de foguetes e eles voltaram para a sala segura. Lá dentro, os pais receberam mais uma ligação da filha.
"Não era o telefone dela, era um outro número. E minha filha disse: ‘Pai, há bombas aqui, estou ouvindo tiros, gritos, coisas explodindo’. E então o telefone desligou. Isso durou cerca de 5 ou 7 segundos", contou Shlomi.
"E essa foi a última vez que conversamos com a Agam. A gente não sabia o que tinha acontecido. Foi um grande caos em Israel naquele dia. Acho que ninguém imaginava o que estava acontecendo."
Agam, de 19 anos, foi raptada no ataque de 7 de outubro em Israel | Foto: Arquivo pessoal |
Nas horas seguintes, o pai não conseguiu contato com a filha e ninguém tinha informações sobre ela.
"Falei com os pais de outras moças que estavam lá junto com a Agam. Ninguém sabia nada, ninguém tinha uma resposta", observou o israelense.
Agam em vídeo do Hamas
Até que no domingo, 8 de outubro, um dos pais das jovens recebeu um vídeo, publicado pelo Hamas no Telegram, e enviou para Shlomi.
"Eu abri o vídeo e fiquei em choque, porque eu reconheci minha menina. Ela estava sentada perto de outra menina. A outra garota que eu vi, estava gravemente ferida", revelou.
"É loucura para mim, dizer que eu fiquei feliz naquele momento de ver minha filha viva e sequestrada pelo Hamas. E ela não estava morta. Isso é uma loucura", desabafou o pai.
Agam Berger, 19, Liri Elbag 18, Daniela Gilboa 19, Karina Ariev 19.
— Gueber Barzelai ✡ 🇮🇱🇷🇺🇻🇪🇺🇸 (@GueberB) February 1, 2024
All these girls are held captive for 3 months by Palestinians terrorists from Gaza, the monsters of Hamas. Look at them. pic.twitter.com/zits6cP9a6
Agam toca violino desde os 6 anos de idade | Foto: Arquivo pessoal |
Agam (a última na segunda foto) com suas irmãs | Foto: Arquivo pessoal |
*Com informações do portal Guiame
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