Netanyahu que só haverá um novo acordo para trégua em Gaza se o grupo terrorista palestino abandonar suas ideias "delirantes"
As negociações para uma nova trégua na guerra do Oriente Médio foram retomadas, neste domingo (25), entre as delegações de Egito, Catar, Estados Unidos, Israel e do grupo terrorista Hamas, em Doha, de acordo com a televisão estatal egípcia Al Qahera News.
Uma fonte dos serviços de segurança egípcios, que pediu anonimato, antecipou à Agência EFE que a possibilidade de um acordo de cessar-fogo antes do mês sagrado muçulmano do Ramadã, que começa em duas semanas, será discutida durante as conversas desta segunda-feira (26), na capital catari.
O informante disse que o Hamas "retirou várias de suas exigências às quais Israel se opôs" para concordar com uma trégua, ao mesmo tempo em que afirmou que há "intransigência israelense" para concordar com o fim dos combates.
A imprensa de Israel informou que o novo esboço exige uma trégua de seis semanas e a libertação de cerca de 40 reféns em troca da libertação de 200 a 300 prisioneiros palestinos.
O Primeiro-Ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse em uma entrevista à emissora americana CBS, neste domingo (25), que só haverá um novo acordo para trégua em Gaza se o grupo terrorista palestino abandonar suas ideias "delirantes", embora não tenha dado detalhes sobre essas exigências.
O principal obstáculo nas negociações, segundo a imprensa, é o número de prisioneiros palestinos nas prisões israelenses que seriam liberados em troca da libertação de reféns mantidos em cativeiro pelo Hamas na Faixa de Gaza durante a possível trégua, o que possibilitaria o início de uma nova rodada de consultas para uma cessação permanente da guerra.
A Al Qahera News informou que as reuniões deste domingo, em Doha, seriam seguidas por reuniões no Cairo em um futuro próximo para "chegar a um acordo sobre o estabelecimento de uma trégua na Faixa de Gaza e a troca de prisioneiros e detentos".
Desde o início da guerra, Israel e Hamas só chegaram a um acordo de trégua de uma semana no final de novembro do ano passado, que resultou na libertação de 105 reféns em troca de 240 prisioneiros palestinos.
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