"O Hamas recentemente entregou sua resposta" ao Catar e ao Egito
O grupo terrorista palestino Hamas confirmou nesta terça-feira (6) que respondeu "com espírito positivo" a proposta sobre um possível acordo de trégua com Israel que foi mediado por Catar e Egito visando a libertação de reféns israelenses que ainda estão sob o controle dos terroristas na Faixa de Gaza.
"O Hamas recentemente entregou sua resposta" ao Catar e ao Egito "depois de consultar a liderança do grupo e as 'facções da resistência'" e "abordou a proposta com um espírito positivo", disse o grupo terrorista em comunicado no aplicativo de mensagens Telegram.
A resposta representa mais um passo no sentido de alcançar "um cessar-fogo abrangente e completo", disse o comunicado do grupo terrorista.
O Hamas ainda "elogiou" o papel do Egito, do Catar e de todos os países que "buscam interromper" o que os terroristas classificaram como uma "agressão brutal" ao enclave.
Nesta tarde, o ministro das Relações Exteriores do Catar, Mohamed bin Abderrahman, anunciou que a equipe de mediação de seu país havia recebido uma resposta "positiva" do Hamas em relação ao acordo proposto para a libertação dos reféns ainda mantidos em cativeiro em Gaza.
"Gostaria de informar à imprensa que recebemos uma resposta do Hamas sobre a estrutura geral do acordo de reféns. A resposta inclui alguns comentários, mas, em geral, é positiva", disse o ministro em uma entrevista coletiva em Doha com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken.
Abderrahman, que se recusou a dar detalhes "dada a sensibilidade das circunstâncias", disse estar "otimista" com o fato de a resposta do Hamas ter sido entregue a Israel.
Blinken afirmou que Washington está "analisando" a resposta do Hamas ao acordo proposto e a avaliará com o governo israelense durante sua visita ao país na quarta-feira.
Embora os detalhes da minuta do acordo não tenham sido divulgados, as últimas informações vazadas apontam para a libertação dos 136 reféns mantidos pelo Hamas, dos quais cerca de 30 já estão mortos, por um período de 142 dias em troca da libertação de mais de 100 prisioneiros palestinos por refém.
No entanto, o grupo terrorista exige como ponto de partida um "compromisso israelense" de concordar com um "cessar-fogo permanente" para encerrar a guerra, algo que Israel não está disposto a aceitar.
O acordo proposto foi elaborado há uma semana, em Paris, capital da França, por funcionários de altos cargos de Israel, Estados Unidos e dos principais mediadores do conflito, Egito e Catar, e prevê uma trégua em troca de uma troca de reféns por prisioneiros palestinos.
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