"Que o nosso inimigo saiba que as almas estão fervendo e que nossa raiva é iminente", escreveu o Hamas em suas redes sociais
Por medidas de segurança, Israel informou que vai restringir muçulmanos ao Monte do Templo durante o Ramadã, que começa em 10 de março e vai até 8 de abril.
A decisão foi baseada nas recomendações do ministro da Segurança Nacional de Israel, Ben-Gvir, apesar da oposição do ministro da Defesa Yoav Gallant, do Shin Bet e do exército.
Ao saber que os direitos de visitação ao Monte do Templo para os muçulmanos palestinos da Cisjordânia seriam restritos a indivíduos com mais de 60 anos e menos de 10 anos, o Hamas se irou.
Segundo o Jerusalem Post, o grupo terrorista emitiu um alerta a Israel, pelo Telegram da organização, no sábado (24), em tom de ameaça: "Que o nosso inimigo saiba que as almas estão fervendo e que nossa raiva é iminente".
'Uma explosão está chegando'
"Uma explosão está chegando em resposta a quaisquer restrições à entrada de muçulmanos na mesquita de Al-Aqsa durante o mês do Ramadã", escreveu o Hamas.
As possíveis restrições ainda estavam em análise, mas o grupo terrorista se adiantou, apelando aos palestinos que "se mobilizem e marchem até à abençoada Mesquita de Al-Aqsa, para a protegerem da profanação dos colonos usurpadores e para frustrarem todos os planos que visam a Mesquita Sagrada e a Cidade Santa".
Ainda segundo o Jerusalem Post, a decisão de restringir o acesso do Ramadã ao Monte do Templo foi tomada durante uma reunião do gabinete de guerra que incluiu as seguintes autoridades: o Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu, o ministro da Defesa Yoav Gallant, o ministro de Assuntos Estratégicos Ron Dermer, os ministros da Unidade Nacional Benny Gantz e Gadi Eisenkot, o presidente do Shas, Aryeh Deri, o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, o ministro da Justiça, Yariv Levin, e o ministro das Relações Exteriores, Israel Katz.
A decisão recebeu críticas subsequentes de políticos árabes e de esquerda. No entanto, membros do gabinete, incluindo Benny Gantz e Israel Katz, afirmaram que o governo estava permitindo a liberdade religiosa tanto quanto possível e que as restrições eram puramente por razões de segurança.
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