Josep Borrell, chefe da diplomacia da União Europeia, disse que o bloco precisa deixar a posição clara publicamente
A solução de dois Estados "como a única possível" para o conflito entre israelenses e palestinos foi defendida amplamente por chanceleres dos países do G20 reunidos no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (22), um evento no qual a guerra na Faixa de Gaza ocupou um lugar central.
Na reunião de dois dias dos ministros de Relações Exteriores do grupo, que o Brasil preside temporariamente, "destacou-se a virtual unanimidade no apoio à solução de dois Estados como sendo a única solução possível para o conflito entre Israel e Palestina", afirmou o ministro Mauro Vieira.
Vieira "só não disse unanimidade porque nem todas as intervenções (dos países) trataram do assunto, mas quem se manifestou apoiou, e foi muita gente", disse à AFP uma fonte do Itamaraty.
Esse consenso também foi destacado pela União Europeia. "Pedi ao ministro brasileiro que em sua conclusão oral abordasse o tema e explicasse ao mundo que no G20 todo mundo foi favorável a esta solução", disse à imprensa o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell.
O secretário de Estado americano, Antony Blinken, também se disse favorável a uma solução de dois Estados. "Todos queremos que este conflito termine o mais rápido possível, mas devemos nos assegurar de que não deixe condições que só vão repetir o ciclo de violência", disse Blinken.
"Estamos trabalhando aqui com muitos sócios em um marco que possa produzir paz e segurança duradouras. Isto quer dizer que Israel esteja integrado na região, com relações normais com países-chave, com garantias firmes para sua segurança e um caminho concreto para um Estado palestino", acrescentou, segundo a transcrição de sua intervenção a portas fechadas na quarta-feira.
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