Os rebeldes apoiados pelo Irã criticaram publicamente os recentes ataques dos EUA e do Reino Unido às suas posições no Mar Vermelho
O Comando Central dos EUA (Centcom) anunciou nesta sexta-feira (9) que o país destruiu quatro navios não tripulados e sete mísseis de cruzeiro pertencentes aos Houthis, antes de serem lançados contra navios mercantes ou forças navais americanas no Mar Vermelho.
"O Centcom identificou esses mísseis e veículos em áreas controladas pelos Houthis do Iêmen e determinou que eles representavam uma ameaça iminente aos navios da Marinha dos EUA e aos navios mercantes na região", diz o comunicado oficial.
Os rebeldes apoiados pelo Irã criticaram publicamente os recentes ataques dos EUA e do Reino Unido às suas posições no Mar Vermelho, afirmando que não serão dissuadidos de continuar a atacar navios israelenses ou ligados a Israel na região.
Na terça-feira (6), os milicianos iemenitas reivindicaram dois novos ataques a navios ocidentais, episódios que foram confirmados pelos países atingidos. Na ocasião, o porta-voz do grupo, Yahya Saree, afirmou que "o primeiro ataque foi dirigido ao navio americano 'Star Nasia' , enquanto outro teve como alvo o navio britânico 'Morning Tide'".
A empresa de segurança Ambrey relatou que uma das ações causou "pequenos danos" a um navio de propriedade britânica na costa do Iêmen.
Desde outubro, quando a guerra entre Israel e o Hamas começou, os Houthis levaram a cabo um conflito paralelo contra Tel Aviv e seus apoiadores, sob a justificativa de estarem contribuindo com o povo palestino em Gaza, ignorando todos os alertas do Ocidente sobre as consequências dessas ações.
Com isso, as forças dos EUA e do Reino Unido já atingiram dezenas de alvos no que disseram ser uma tentativa de evitar maiores perturbações na rota marítima vital para suas economias.
Os Houthis controlam aproximadamente um terço do território do Iêmen e mais de dois terços da população do país. Desde 2014, quando tomaram a capital Saana durante a guerra civil, eles desenvolvem continuamente suas capacidades militares, por meio do patrocínio do regime iraniano, tanto na aquisição de equipamentos bélicos quanto no treinamento de afiliados.
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