Além disso, inclui a libertação de cerca de cem prisioneiros palestinos em troca de cada refém libertado pelo Hamas
O grupo terrorista palestino Hamas deu sinais de que vai aceitar uma proposta de libertação de reféns em troca de uma trégua na ofensiva de Israel na Faixa de Gaza, anunciou nesta quinta-feira (1º) o Catar, que atua como mediador no conflito. "A reunião em Paris conseguiu consolidar uma proposta sobre a mesa que foi aprovada pela parte israelense, e agora temos uma primeira confirmação positiva do Hamas", disse em Washington o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar, Majed Al Ansari. Durante uma palestra na Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, o porta-voz enfatizou que ainda há detalhes a serem ajustados, mas disse estar otimista porque é a primeira vez em dois meses que ambos os lados concordam com as premissas sobre as quais as negociações estão ocorrendo. Ansari afirmou que ainda há "um caminho muito difícil pela frente", mas mostrou confiança que nas próximas semanas poderá haver boas notícias. Os chefes de inteligência de Israel, Estados Unidos e Egito, assim como o primeiro-ministro do Catar, chegaram na segunda-feira (29) a uma proposta para uma nova trégua e uma troca de reféns por prisioneiros palestinos, após dois dias de reuniões em Paris, na França, cujo esboço foi então enviado para a liderança do Hamas. No caso de um acordo, essa seria a segunda trégua entre Israel e Hamas depois da que aconteceu entre 24 e 30 de novembro, que permitiu a troca de 105 reféns, incluindo alguns estrangeiros, pela libertação de 240 prisioneiros palestinos. O esboço da negociação detalha várias etapas, sendo que a primeira delas prevê a libertação de 35 civis sequestrados pelo Hamas em troca da interrupção completa das operações israelenses na Faixa de Gaza durante 45 dias, de acordo com as fontes envolvidas nas negociações. Além disso, inclui a libertação de cerca de cem prisioneiros palestinos em troca de cada refém libertado pelo Hamas, e também prevê um aumento na entrada de ajuda humanitária para o território. Na segunda etapa, militares sequestrados seriam libertados, com a última fase incluindo a remoção dos corpos dos reféns que morreram em cativeiro no enclave palestino, de acordo com as mesmas fontes. O chefe do escritório político do grupo terrorista, Ismail Haniyeh, disse na terça-feira (30) que seu grupo estava estudando a proposta e responderia em breve, apesar de ter exigido a retirada completa das tropas israelenses da Faixa de Gaza. O governo israelense não está disposto a interromper a guerra, apesar da crescente pressão das famílias dos sequestrados para negociar um acordo a "qualquer preço" para a libertação dos 132 reféns que ainda estão no território palestino sob controle dos terroristas, dos quais se acredita que cerca de 28 estejam mortos.
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