A apuração da Quaest também apontou que 68% dos entrevistados consideraram a manifestação como de tamanho "grande"
Uma pesquisa publicada nesta quarta (28) revelou que metade dos eleitores ouvidos considera que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) saiu mais forte após o ato convocado por ele no último domingo (28), que levou 750 mil pessoas à Avenida Paulista, em São Paulo.
O levantamento realizado pela Quaest apontou que 50% dos dois mil entrevistados comprovou a percepção de que a imagem do ex-presidente foi fortalecida pelo ato. Eles foram ouvidos entre os dias 25 e 27 de fevereiro com a aplicação de questionários estruturados, e foi apurada uma margem de erro de 2,2 pontos percentuais e nível de confiança de 95% (veja na íntegra).
Dos que consideram que Bolsonaro saiu mais forte da manifestação, 58% tem entre 16 e 34 anos, 56% ganha mais de 5 salários mínimos, 60% são da religião evangélica, e 80% votaram nele em 2022 – neste ponto, 20% dos eleitores de Lula também acreditam que o ex-presidente foi fortalecido pelo ato.
A apuração da Quaest também apontou que 68% dos entrevistados consideraram a manifestação como de tamanho "grande", principalmente entre os que moram fora da cidade de São Paulo (68%), contra os moradores da capital paulista (62%).
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Além de considerarem que a manifestação foi "grande", 56% dos entrevistados afirmam que o ato esteve dentro dos limites da lei, mas que não terá influência nas investigações da Polícia Federal e aliados para 48% dos ouvidos. No entanto, 34% acreditam que o ritmo da apuração pela autoridade deve ser acelerado.
A percepção das investigações em cima do ex-presidente e de aliados dividiu os entrevistados ouvidos pela Quaest, em que 53% consideram que ele não está sofrendo perseguição, enquanto 39% afirmam que sim.
Essa divisão também ocorre com mais proximidade quando se questiona o suposto envolvimento de Bolsonaro na tentativa de um golpe de Estado no país. A Quaest apurou que 47% dos entrevistados acreditam nessa narrativa, e 40% discordam dela.
Este questionamento é mais forte entre as regiões brasileiras, sendo que 60% dos ouvidos no Nordeste acreditam no envolvimento de Bolsonaro com o plano – a região é forte eleitora de Lula. Por outro lado, no Sul, 53% não acreditam na participação do ex-presidente na tentativa de golpe.
No Sudeste e no Centro-oeste/Norte, a crença de participação ou não no plano empata na margem de erro.
A Quaest também questionou os entrevistados sobre a possibilidade de prisão de Bolsonaro com o andamento das investigações, em que metade afirmou que seria justa, enquanto que 39% consideram a pena injusta.
*Com informações da Gazeta do Povo
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