O caucus de Iowa marca o início das primárias republicanas para a eleição presidencial
O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump venceu com folga o caucus do estado de Iowa, realizado na noite desta segunda-feira (15), que é a primeira disputa dentro do longo processo das primárias que vão definir o candidato do Partido Republicano às eleições presidenciais de novembro.
Com 100% das urnas apuradas na manhã desta terça-feira (17), Trump conseguiu 51% dos votos, quase 30 pontos a mais que o segundo colocado, o governador da Flórida, Ron DeSantis ( 21%). Participaram nas prévias 110.298 pessoas, 41% a menos do que em 2016, quando foi estabelecido um recorde com cerca de 187 mil eleitores.
A terceira colocada foi a ex-governadora da Carolina do Sul e ex-embaixadora nas Nações Unidas Nikki Haley, com 19,1% dos votos. Em quarto lugar, com 7,7%, ficou o empresário Vivek Ramaswamy, que anunciou a desistência das primárias após saber o resultado.
O caucus de Iowa distribui apenas 40 delegados do total de 2.429 que estão em jogo em todo o processo das prévias republicanas. Dessa forma, Trump ficou com 20 delegados, DeSantis com oito, Haley com sete e Ramaswamy com três, apesar de sua desistência. Ainda há dois delegados a serem designados enquanto se aguarda o resultado final.
Até o momento, a maior vitória republicana nesse processo em Iowa foi a de Bob Dole em 1988, com 37,35%, quase 13 pontos à frente do segundo colocado, Pat Robertson (24,57%), e muito distante do segundo, George H. W. Bush (18,59%), que viria a ser o indicado do partido e o vencedor da eleição para a Casa Branca.
O caucus de Iowa marca o início das primárias republicanas para a eleição presidencial, um processo com o qual o partido escolhe o candidato que vai enfrentar nas urnas o atual presidente, Joe Biden, do Partido Democrata, em novembro.
Pouco antes das primeiras projeções da imprensa americana, o ex-presidente republicano apareceu em um dos locais de reunião de eleitores para encontrar apoiadores. Ele repetiu seu tradicional discurso anti-imigração e foi recebido com aplausos.
"Fizemos um trabalho como, francamente, ninguém fez em um longo tempo. Quando eu estava na Casa Branca, não havia terrorismo, não havia pessoas entrando (irregularmente) em nosso país. Não tivemos uma invasão, com pessoas que, francamente, estão vindo de todo o mundo", afirmou Trump em tom de crítica contra a gestão de Biden, que enfrenta uma grave crise migratória.
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