EUA classificou o Hamas como organização terrorista estrangeira em outubro de 1997
O Departamento de Estado americano ofereceu, nesta sexta-feira (5), uma recompensa de até US$ 10 milhões (R$ 48,7 milhões) por informações que levem à interrupção dos mecanismos financeiros do grupo terrorista palestino Hamas e à prisão de pessoas envolvidas neles.
O departamento, segundo comunicado, está buscando informações sobre vários "facilitadores financeiros" do Hamas, como Abdelbasit Hamza Elhassan Mohamed Khair, conhecido como Hamza, que, do Sudão, gerenciou várias empresas do portfólio de investimentos do Hamas e esteve anteriormente envolvido na transferência de quase US$ 20 milhões (R$ 97,5 milhões) para o grupo.
A rede de Hamza, usada para lavar dinheiro e gerar receita para a milícia palestina, inclui a Al Rowad Real Estate Development, sediada no Sudão, empresa sancionada pelo Departamento do Tesouro dos EUA.
Além disso, os EUA dizem que Hamza também tem laços financeiros de longa data com a Al Qaeda e com empresas ligadas a Osama bin Laden no Sudão.
Também são solicitadas informações sobre Amer Kamal Sharif Alshawa, Ahmed Sadu Jahleb e Walid Mohammed Mustafa Jadallah, que "são agentes do Hamas e fazem parte da rede de investimentos do Hamas na Turquia".
Alshawa é o CEO da Trend GYO e fez parte do conselho de administração de várias empresas do portfólio de investimentos do Hamas.
Jahleb atua como secretário do portfólio de investimentos do Hamas e coordena várias atividades para as empresas controladas pelo grupo e seus funcionários. Jadallah faz parte do conselho de administração de várias empresas.
Outro que está sendo investigado é Muhammad Ahmad 'Abd Al-Dayim Nasrallah, ex-membro do Hamas com laços estreitos com entidades iranianas, que esteve envolvido na transferência de dezenas de milhões de dólares para o grupo palestino, inclusive para seu braço armado, as Brigadas de Ezzeldin Al-Qassam.
O Departamento de Estado dos EUA classificou o Hamas como organização terrorista estrangeira em outubro de 1997.
No comunicado divulgado nesta sexta-feira (5), o Departamento de Estado detalha que podem ser concedidas recompensas por informações que levem à identificação e à interrupção de qualquer fonte de receita para o Hamas ou seus principais mecanismos de facilitação financeira.
Também será recompensado quem fornecer informações sobre os principais doadores ou facilitadores financeiros da milícia, sobre instituições financeiras ou casas de câmbio que facilitem as transações do grupo, sobre empresas controladas por ele, bem como sobre "empresas de fachada envolvidas na aquisição internacional de tecnologia de uso duplo em nome do Hamas".
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