Vários dos sancionados fazem parte da família Shamlakh, que se tornou "o principal ponto final" dos fundos transferidos da Guarda Revolucionária para o Hamas
Os Estados Unidos anunciaram nesta segunda-feira (22) uma nova rodada de sanções econômicas contra o Hamas, a quinta desde os ataques terroristas de 7 de outubro de 2023 realizados contra Israel, e que está dirigida também contra os proprietários e associados da sua rede financeira. O Departamento do Tesouro americano informou por meio de um comunicado que as ações são especialmente dirigidas aos facilitadores financeiros que desempenharam papéis fundamentais nas transferências de fundos, inclusive criptomoedas, da Guarda Revolucionária do regime do Irã para o Hamas e a Jihad Islâmica Palestina na Faixa de Gaza. "O Hamas procurou aproveitar uma variedade de mecanismos de transferência financeira, incluindo a exploração de criptomoedas, para canalizar fundos para apoiar as atividades terroristas do grupo", disse o subsecretário do Tesouro para Terrorismo e Inteligência Financeira, Brian Nelson. Vários dos sancionados fazem parte da família Shamlakh, que se tornou "o principal ponto final" dos fundos transferidos da Guarda Revolucionária para o Hamas e a Jihad Islâmica em Gaza. Entre eles está Zuhair Shamlakh, um doleiro que vive em Gaza e que facilita a entrada de dezenas de milhões de dólares em transferências de fundos vindos do Irã para o Hamas e que tem usado suas empresas – Al Markaziya Li Sarafa e Arab China Trading Company – para canalizar fundos para as Brigadas Al Qassam, o braço militar do grupo terrorista palestino. Segundo o Tesouro dos EUA, Zuhair tem facilitado transferências de fundos para grupos terroristas em Gaza desde pelo menos 2017, quando trabalhou com Muhammad Kamal al Ayy para coordenar a transferência de milhões do Líbano para Gaza. Ahmed Shamlakh, Alaa Shamlakh e Imad Shamlakh são os outros membros da família sancionados por terem ajudado, patrocinado ou fornecido apoio financeiro, material ou tecnológico, bens ou serviços ao Hamas. Outro alvo das sanções é a família Herzalah. De acordo com o Tesouro, o Hamas utilizou vários métodos de transferência ilícita para enviar fundos de Gaza para a Cisjordânia, a fim de financiar e apoiar o recrutamento e a compra de armas no país. A empresa Herzallah Exchange, com sede em Gaza, trabalhou com o Hamas para facilitar essas transações, inclusive através do uso de criptomoedas. "Lavou dinheiro para o Hamas, bem como para a Jihad Islâmica na Palestina", afirmou o comunicado do Departamento americano sobre a empresa que é propriedade de Muhammad Fallah Kamil Herzallah, Na'im Kamil Raghib Herzallah e Salah Kamil Raghib Herzallah, todos sancionados nesta segunda. A empresa Samir Exchange, com sede em Gaza, também foi sancionada por trabalhar com o Hamas para facilitar as transferências de dinheiro para o grupo. Outro alvo das sanções é Thair Hirzallah, que anteriormente coordenou transferências de milhões de dólares para a Turquia e administrou transações financeiras tanto para o Hamas como para a Jihad Islâmica na Palestina. Como resultado da ação de hoje, todos os bens e interesses em bens de pessoas sancionadas que estejam localizados nos Estados Unidos ou na posse ou controle de cidadãos americanos estão bloqueados e devem ser comunicados ao Tesouro.
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