"Digo aos terroristas do Hamas: acabou. Não morram por Sinwar, rendam-se agora!"
O Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, fez um apelo neste domingo (10) aos membros do Hamas que estão em Gaza para que entreguem suas armas e não sacrifiquem suas vidas por Yahya Sinwar, o líder do grupo terrorista no enclave palestino.
Netanyahu afirmou que chegou "o começo do fim" do Hamas e que dezenas de seus integrantes já se renderam às forças israelenses.
"Nos últimos dias, dezenas de terroristas do Hamas se renderam às nossas forças. Eles estão depondo suas armas e se rendendo", disse Netanyahu em um comunicado divulgado por seu gabinete.
"Digo aos terroristas do Hamas: acabou. Não morram por Sinwar, rendam-se agora!", acrescentou.
Israel intensificou nas últimas semanas sua ofensiva militar na Faixa de Gaza. Neste domingo (10), as forças aéreas, terrestres e navais de Israel realizaram operações dentro da Faixa de Gaza pela primeira vez desde o início da guerra, que começou há mais de dois meses, com combates em praticamente todo o enclave palestino.
Os ataques das Forças de Defesa de Israel (IDF) concentraram-se em Shujaiya, Jabalia e Beit Hanoun, ao redor da Cidade de Gaza, no norte do enclave, assim como em Khan Yunis, no sul, onde as autoridades israelenses acreditam que Sinwar esteja morando neste momento.
"As tropas estão atacando esses redutos terroristas, eliminando terroristas e localizando e destruindo a infraestrutura terrorista. Além disso, as tropas navais estão atuando na costa da Faixa de Gaza, apoiando as tropas terrestres e atacando alvos a partir do mar", disse um porta-voz do Exército israelense.
A guerra no Oriente Médio começou em 7 de outubro após os ataques terroristas do Hamas que incluíram o disparo de milhares de foguetes e a infiltração de cerca de 3 mil terroristas que mataram 1,2 mil pessoas e sequestraram mais de 200 em vilarejos israelenses próximos à Faixa de Gaza.
Desde os ataques do Hamas, o exército israelense empreendeu uma ofensiva militar implacável no enclave palestino, que cessou apenas durante uma trégua de sete dias intermediada por Catar, Egito e Estados Unidos de 24 a 30 de novembro, que incluiu a libertação de 105 reféns do Hamas em troca de 240 palestinos mantidos em prisões israelenses.
Na última sexta-feira (8), tropas israelenses posicionadas na Faixa de Gaza tentaram - sem sucesso - resgatar alguns dos mais de 120 reféns ainda vivos no enclave palestino. Dois soldados foram gravemente feridos durante a operação, e "vários terroristas foram mortos", de acordo com o Exército israelense.
Os terroristas do Hamas disseram neste domingo que nenhum dos reféns poderia ser libertado a menos que Israel "concordasse em trocá-los por palestinos presos em Israel".
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