Primeiro-Ministro israelense, Benjamin Netanyahu, já teria dado as ordens ao serviço secreto Mossad para executar os planos
Israel está preparando uma campanha de assassinatos seletivos contra os líderes do Hamas que vivem em países como Catar, Líbano e Turquia, assim que a guerra em Gaza terminar. As informações sobre os planos israelenses de eliminar as lideranças do grupo terrorista palestino foram veiculadas pelo jornal americano The Wall Street Journal, citando fontes do governo de Israel, nesta sexta-feira (1º).
Segundo o jornal, o Primeiro-Ministro israelense, Benjamin Netanyahu, já teria dado as ordens ao serviço secreto Mossad para executar os planos. O Wall Street Journal aponta que a ideia de Israel de eliminar as lideranças do Hamas que vivem no exterior começou a ser elaborada logo após os ataques terroristas do Hamas ocorridos no dia 7 de outubro, que mataram 1,2 mil pessoas em Israel.
O atraso no planejamento do Mossad nas operações que poderiam culminar na morte de lideranças importantes do grupo terrorista ocorreu pela necessidade de manter o Catar como mediador para a libertação dos reféns israelenses que estavam sob o controle do Hamas em Gaza, explicou o jornal americano.
O Catar teve um papel central no acordo selado na semana passada entre Israel e o Hamas que libertou cerca de 105 reféns. O país que sediou a última Copa do Mundo acabaria sendo um dos principais alvos da operação israelense, já que abriga importantes nomes do grupo terrorista palestino, como Khaled Meshaal, que vive no país há mais de dez anos. Outros líderes do grupo, como o principal nome político do Hamas, Ismail Haniyeh, estão atualmente na Turquia e no Líbano.
Os planos de Israel para matar os líderes do Hamas no exterior geraram um debate entre ex-oficiais de inteligência. Ao Wall Street Journal, Efraim Halevy, ex-chefe do Mossad, classificou a ideia como "imprudente e ineficaz", pois, segundo ele, ela poderia acabar inflamando os seguidores do grupo terrorista e poderia servir para "criar ameaças ainda piores" que o Hamas.
Amos Yadlin, ex-general e ex-chefe da inteligência militar de Israel, defendeu a campanha como "uma questão de justiça" e disse que todos os envolvidos no ataque de 7 de outubro "deveriam ser eliminados ou levados à Justiça".
0 Comentários