Produtor de série israelense morre durante ação em Gaza

Astro de Fauda, série israelense que é sucesso da Netflix, morreu enquanto combatente do 697º Batalhão da 551ª Brigada de Israel

Matan Meir, oriundo de Odem, nas Colinas de Golã, um dos membros do elenco de Fauda, foi morto em Gaza, anunciou a equipe da série no sábado (11). O ator, 38 anos, foi sargento reservista das Forças de Defesa de Israel (IDF). Seu nome apareceu na lista de soldados que morreram no enclave, de acordo com o Times of Israel.

Transmitida na Netflix, Fauda ganhou os holofotes internacionais, tendo sido premiada como melhor roteiro original no Festival International des Programmes Audiovisuels (FIPA) e indicada pelo The New York Times como a 8ª melhor série internacional da década. 

Meir foi uma das quatro baixas do Batalhão 697, falecendo devido a um túnel armadilhado próximo a uma mesquita na região de Beit Hanoun. As tropas não estavam dentro do túnel.

"Matan, um homem com um coração de ouro cheio de bondade e generosidade", disse o ator e co-criador de "Fauda", Lior Raz, em um comunicado ao Ynet. "Eu te amava, Matan. Você sempre esteve disponível para mim a cada momento. Um homem de trabalho e doação por amor verdadeiro."

Além de seu trabalho em todas as quatro temporadas de "Fauda", Meir trabalhou em outras produções, incluindo "The Police", "Manayek", "The Dream Owner", "Magpie" e outras.

A principal produtora da série, Liat Benasoli, chamou Meir de "um homem com uma alma diferente, um homem que entrou no coração de todos", disse. "Um verdadeiro moshavnik e um homem com uma verdadeira alegria de viver. Um homem de produção que só queria ajudar e fazer pelos outros. E tudo com um sorriso e amor. Sentiremos muito a falta dele."

Outro amigo, Assaf Rapaport, escreveu que Meir tinha sido dispensado de seu batalhão, mas foi recrutado para outro batalhão.

"O amor pelo país estava em suas veias", escreveu Rapaport.

O repórter do Canal 13, Aviram Elad, escreveu no X (anteriormente Twitter) que serviu por cinco anos no Batalhão 697 da Brigada 551 e os combatentes dessa unidade eram "o supremo de Israel, e não há descrição mais precisa para esse grupo de elite", disse Elad.

Os outros quatro soldados que foram mortos eram o Major (res.) Moshe Yedidyah Leiter, 39 anos, Sargento-mor (res.) Yossi Hershkovitz, 44 anos, Sargento-mor (res.) Sergey Shmerkin, 32 anos, e Sargento-mor (res.) Netanel (Nati) Harush, 34 anos.