O Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, se manifestou sobre as acusações
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, entrou mais uma vez em defesa do Hamas nesta quarta-feira (15), afirmando que o grupo não deve ser classificado como terrorista, mas sim um partido político que ganhou as eleições no passado e agora governa Gaza.
Segundo ele, quem deveria ser condenado por crimes de guerra e violações de leis internacionais é Israel, considerado um "Estado terrorista" pelo mandatário turco.
"Os ataques 'selvagens' de Israel forçou os civis a saírem de suas casas na Faixa. Isso é literalmente empregar terrorismo de Estado. O Hamas participou das eleições e venceu. Israel e Estados Unidos roubaram seus direitos depois disso", disse Erdogan no parlamento do país, enfatizando que afirmava "abertamente que Israel é um Estado terrorista".
O presidente turco ainda aproveitou o discurso no Parlamento para criticar o apoio "ilimitado" de países ocidentais ao governo israelense que, segundo ele, "realizou os ataques mais traiçoeiros da história da humanidade" contra Gaza, no último mês.
O Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, se manifestou sobre as acusações.
"Devo dizer que, ao contrário de nós, há forças que apoiam o terrorismo. Uma delas é o presidente turco Erdogan. Ele chama Israel de Estado terrorista, mas na realidade ele apoia o terrorismo do Hamas", declarou Netanyahu, segundo um porta-voz de seu gabinete.
"Ele mesmo bombardeou vilarejos turcos, dentro das fronteiras da Turquia. Não aceitaremos sermões dele", acrescentou.
Erdogan descreveu o Hamas como "um movimento de resistência" e acusou Israel, com o apoio do Ocidente, de "continuar seus massacres nos últimos 40 dias", desde os ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro, nos quais 1.200 pessoas foram mortas no país.
"Ao visar deliberadamente hospitais e escolas, Israel está destruindo completamente uma cidade. Israel está cometendo terrorismo de Estado", disse o líder islâmico sobre os ataques israelenses na Faixa de Gaza.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, disse ainda que "aqueles que abrigam terroristas e incentivam organizações terroristas não pregarão moralidade ao Estado de Israel".
"O presidente turco distorce a realidade e está mais uma vez do lado errado da história, do lado dos que glorificam os massacres em Irã, Líbano, Síria e Iêmen. O Estado de Israel é um estado de direito, atua de acordo com o direito internacional e continuará sua guerra contra a organização terrorista Hamas, que é pior do que o Estado Islâmico", acrescentou Cohen, em mensagem publicada na rede social X (ex-Twitter).
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