ONU aprova resolução que pede libertação de reféns e pausa humanitária em Gaza


Delegados fazem um minuto de silêncio pelas vítimas do ataque a Israel em 7 de outubro pelo grupo terrorista islâmico Hamas e pelos palestinos que morreram no conflito entre Israel e o Hamas, durante uma reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas em Nova York, em 10 de novembro | REPRODUÇÃO/CNN

O Conselho de Segurança de 15 membros solicita a libertação imediata de todos os reféns mantidos pelos terroristas do Hamas

O Conselho de Segurança das Nações Unidas pediu nesta quarta-feira (15) pausas urgentes e prolongadas nos combates entre Israel e o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza por um "número suficiente de dias" para permitir o acesso da ajuda humanitária.

O conselho, de 15 membros, superou um impasse, que viu quatro tentativas sem sucesso de agir no mês passado, para adotar uma resolução que também pede a libertação imediata e incondicional de todos os reféns mantidos pelo Hamas.

Os Estados Unidos, a Rússia e o Reino Unido, que têm poder de veto no conselho, se abstiveram na votação desta quarta-feira sobre a resolução elaborada por Malta. Os 12 membros restantes votaram a favor.

A Rússia fracassou em uma tentativa de última hora de alterar a resolução para incluir um apelo por uma trégua humanitária imediata que levasse ao fim das hostilidades.

O impasse no conselho tem se concentrado principalmente na questão de uma pausa humanitária ou um cessar-fogo. Uma pausa é geralmente considerada menos formal e mais curta do que um cessar-fogo, que deve ser acordado pelas partes em conflito. Os Estados Unidos têm apoiado as pausas, enquanto a Rússia tem pressionado por um cessar-fogo.

A resolução desta quarta-feira também não condena as ações do grupo terrorista Hamas, um ponto de discórdia para o aliado de Israel, os Estados Unidos, e o Reino Unido.

O conselho pediu "pausas e corredores humanitários urgentes e estendidos em toda a Faixa de Gaza por um número suficiente de dias para permitir [...] o acesso humanitário completo, rápido, seguro e desimpedido".

Essa foi a quinta tentativa do conselho de tomar medidas desde que os terroristas do Hamas atacaram Israel, em 7 de outubro, mataram 1.200 pessoas e fizeram 240 reféns. Israel prometeu exterminar o Hamas, que governa Gaza, atacando o enclave de 2,3 milhões de habitantes pelo ar, impondo um cerco e invadindo com soldados e tanques.

A resolução adotada nesta quarta-feira exige o cumprimento da lei internacional, especificamente a proteção de civis, especialmente crianças. Ela também pede a todas as partes que não privem os civis de Gaza dos serviços básicos e da ajuda humanitária necessária para sua sobrevivência e dá as boas-vindas às entregas iniciais e limitadas de ajuda, mas pede que elas sejam ampliadas.

Na esteira do impasse do Conselho de Segurança no mês passado, a Assembleia-Geral da ONU, composta de 193 membros, adotou, em 28 de outubro, com 121 votos a favor, uma resolução redigida por Estados árabes que pedia uma trégua humanitária imediata e exigia acesso de ajuda à Faixa de Gaza e proteção aos civis.

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