A relação entre os países latino-americanos e o governo ucraniano tem sido complexa desde o início da guerra
O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, ofereceu ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que a Argentina sedie uma reunião de paz sobre a guerra entre Ucrânia e Rússia.
A declaração foi feita nesta quarta-feira (22) por Diana Mondino, assessora de política externa do partido A Liberdade Avança e que se elegeu deputada nas últimas eleições.
"Oferecemos sediar a reunião se for apropriado", afirmou Mondino a jornalistas nas proximidades do Hotel Libertador, de onde Milei acompanhou os resultados eleitorais.
O presidente ucraniano agradeceu a Milei pelo "claro apoio" a seu país no contexto da invasão militar russa em uma mensagem publicada na rede social X (antigo Twitter) e convidou o futuro chefe de Estado argentino a visitar a Ucrânia quando assumir a presidência, o que ocorrerá em 10 de dezembro.
"Não há ambiguidade entre o bem e o mal. Apenas um apoio claro à Ucrânia. Nós, ucranianos, estamos cientes disso e apreciamos muito", disse Zelensky na publicação.
A relação entre os países latino-americanos e o governo ucraniano tem sido complexa desde o início da guerra.
Em várias ocasiões, Kiev convidou líderes, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para visitar o país, mas até agora isso não aconteceu.
No caso do governo que está deixando o poder na Argentina, liderado pelo peronista Alberto Fernández, os esforços de Zelensky têm como objetivo buscar uma condenação mais clara do país em relação à invasão da Rússia.
Milei, que classificou o presidente russo, Vladimir Putin, como um "autocrata", criticou bastante a política de Fernández em relação à guerra na Ucrânia e, durante a campanha, abriu as portas para uma maior cooperação entre os dois países.
A transição para a nova "era Milei" teve um tom marcadamente diplomático, nesta quarta-feira (22). Além de Zelensky, Milei conversou com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden; o presidente do Chile, Gabriel Boric; e a presidente do Peru, Dina Boluarte.
*Com informações da Agência EFE
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