A questão de Taiwan é um dos principais pontos de atrito entre Pequim e Washington
A China pediu nesta sexta-feira (17) para que os Estados Unidos parem de vender armas para Taiwan e "não interfiram em seus assuntos internos", depois que uma autoridade americana reafirmou o compromisso de seu país de "fazer o que for preciso para ajudar Taiwan a se defender" contra Pequim. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, disse em entrevista coletiva que "a questão de Taiwan é a questão mais importante e sensível nas relações sino-americanas" e que Washington deveria "refletir em suas ações concretas seu compromisso de não apoiar a independência" da ilha. Ning também pediu aos EUA para que "apoiem a reunificação pacífica" de Taiwan com a China. O coordenador de comunicações estratégicas do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, Kurt Campbell, disse à imprensa taiuanesa nesta quinta-feira (16) que a determinação de seu país "em manter a paz e a estabilidade" no Estreito de Taiwan "continua forte". Na última quarta-feira (15), durante uma reunião em São Francisco com o ditador chinês, Xi Jinping, o mandatário dos EUA, Joe Biden, reiterou que Washington "se opõe a qualquer mudança unilateral no 'status quo' por parte de qualquer um dos lados" no Estreito de Taiwan e pediu que "as diferenças entre os dois países sejam resolvidas por meios pacíficos". A questão de Taiwan é um dos principais pontos de atrito entre Pequim e Washington, já que os EUA são o principal fornecedor de armas de Taipei e poderiam defender a ilha em caso de conflito. Taiwan – para onde o exército nacionalista chinês se retirou após ser derrotado pelas tropas comunistas na guerra civil (1927-1949) – tem sido governado de forma autônoma desde o fim do conflito, embora a China reivindique a soberania sobre a ilha, a qual considera uma província rebelde e não descarta o uso da força para "reunificação". As informações são da agência EFE.
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