O chefe da diplomacia americana se reuniu em Amã com altos funcionários jordanianos e de outros países árabes O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, intensificou a sua diplomacia neste sábado (4), tentando obter apoio para planejar um futuro pós-conflito para a Faixa de Gaza, enquanto continuava a sua segunda missão urgente no Oriente Médio desde o ataque lançado pelo Hamas contra Israel em 7 de outubro. Um dia depois de Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro israelense, ter desprezado claramente o aviso contundente de Blinken de que Israel corre o risco de perder qualquer esperança de um eventual acordo de paz com os palestinos, a menos que alivie a crise humanitária em Gaza, o chefe da diplomacia americana se reuniu em Amã com altos funcionários jordanianos e outros árabes, que permanecem zangados e profundamente desconfiados de Israel à medida que o país intensifica a sua guerra contra o Hamas. Blinken se reuniu inicialmente com o primeiro-ministro interino do Líbano, Najib Mikati, cujo país, devastado econômica e politicamente, é o lar do grupo terrorista Hezbollah — uma força apoiada pelo Irã e hostil a Israel. Os EUA têm sérias preocupações de que o Hezbollah, que já intensificou os ataques com foguetes ao norte de Israel, assuma um papel mais ativo no conflito. Blinken também posou para fotos com o ministro das Relações Exteriores do Catar, país que emergiu como o interlocutor mais influente do Hamas e foi fundamental para negociar a libertação limitada de reféns detidos pelo grupo, bem como para convencê-lo a permitir que cidadãos estrangeiros possam sair de Gaza e atravessar a fronteira para o Egito. Mais tarde, Blinken manteve conversas em grupo com os ministros das Relações Exteriores do Catar, Jordânia, Egito, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, e com o presidente do comitê executivo da Organização para Libertação da Palestina (OLP). Todos os países denunciaram as táticas de Israel contra o Hamas, que eles disseram ser uma punição coletiva ilegal ao povo palestino. Blinken também verá o rei Abdullah II da Jordânia, cujo país chamou de volta nesta semana seu embaixador em Israel e disse ao enviado de Israel para não retornar ao país até que a crise de Gaza terminasse.
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