Shin Bet investiga invasão da conta do presidente israelense Herzog no Telegram

Nenhuma informação foi comprometida; as autoridades confirmaram que a conta foi restaurada com sucesso

A agência de segurança Shin Bet está investigando um ataque à conta do presidente Isaac Herzog no aplicativo de mensagens Telegram, anunciou a Residência do Presidente em Jerusalém na quinta-feira (5). De acordo com uma investigação inicial, o ataque tinha motivações criminais, não relacionadas ao terrorismo. Segundo o Shin Bet, nenhuma informação foi comprometida e a conta foi restaurada.

De acordo com a investigação inicial, o ataque tinha motivações criminais, não relacionadas ao terrorismo. Nenhuma informação foi comprometida e a conta foi restaurada, conforme informou o Shin Bet.

Gilad Leibovitch, diretor acadêmico de uma variedade de programas de estudo relacionados à cibersegurança no Technion-Israel Institute of Technology em Haifa, disse ao Jerusalem Post que os hackers provavelmente esperavam obter informações de inteligência de alto nível.

"A técnica mais comum usada pelos hackers é o 'phishing'. Eles se apresentam como uma pessoa ou entidade corporativa confiável, às vezes se passando pelas comunicações oficiais de um aplicativo como o Telegram, e enganam o destinatário para revelar informações sensíveis", explicou Leibovitch.

No ano passado, um faxineiro que trabalhava na casa do então ministro da Defesa de Israel, Benny Gantz, se declarou culpado de ajudar hackers que, segundo Jerusalém, eram afiliados ao regime iraniano.

Após estabelecer contato com o grupo de hackers Black Shadow pelo Telegram, Omri Goren, de 37 anos, prometeu instalar um "verme" no computador de Gantz. Depois que o Black Shadow expressou dúvidas quanto ao acesso de Goren ao ministro da Defesa, o faxineiro fotografou a mesa de Gantz, seus computadores, seu telefone, algumas embalagens onde aparecia o endereço IP do computador e a conta de imposto municipal de Gantz.

A tentativa de espionagem revelou uma falha do Shin Bet, cujos agentes aparentemente deixaram de realizar uma verificação dos antecedentes de Goren, que acumulava 14 condenações anteriores, incluindo roubo à mão armada, furto e invasão de propriedade.

Na época, o Shin Bet assumiu a responsabilidade pelo incidente, enfatizando que não houve danos à segurança nacional de Israel. A agência declarou que tiraria conclusões imediatas do incidente, embora não esteja claro se alguém envolvido foi responsabilizado.

Publicado originalmente em JNS