Enterros de Merneite, que assumiu o trono como regente por volta de 3050 a 3000 a.C., está cercado por outros 41 túmulos que fazem sua "escolta" após a morte
Na tumba da rainha consorte egípcia Merneite, em Abidos, no Egito, uma equipe de arqueólogos desenterrou centenas de vasos lacrados que se acredita conterem restos de vinho antigo.
Os achados foram divulgados no último dia 1º de outubro pelo Ministério de Turismo e Antiguidades do Egito no Facebook. A publicação conta que, além dos vasos, os arqueólogos encontraram uma coleção de móveis funerários.
Mustafa Waziri, secretário-geral do Conselho Supremo de Arqueologia, diz no post que os vasos foram encontrados em excelente estado, e os vestígios de vinho em seu interior têm aproximadamente 5 mil anos.
As escavações proporcionaram novas informações sobre a vida e o reinado de Merneite, que pode ter sido a primeira ou segunda rainha do Egito, conforme conta Dietersh Rao, diretor do Instituto Alemão no Cairo.
Arqueólogos no Egito na região de Umm Al-Qaab | Crédito da foto: Ministry of Tourism and Antiquities/Reprodução/Facebook |
Segundo Rao, um estudo das inscrições de uma das placas encontradas dentro do túmulo mostrou que a rainha tinha uma ótima posição, pois "estava encarregada dos escritórios do governo central". O diretor sinalizou ainda que a missão continua trabalhando na tentativa de descobrir mais segredos da história e identidade dessa governante.
"Estudos realizados no cemitério indicaram que o túmulo da Rainha Merneite foi construído de tijolos crus, barro e tábuas de madeira, e que a rainha pode ser a única mulher da primeira família a ter seu túmulo real descoberto em Abidos até agora", informa o Ministério de Turismo e Antiguidades do Egito.
O túmulo da Rainha Merneith foi escavado em Umm Al-Qaab | Crédito da foto: Ministry of Tourism and Antiquities/Reprodução/Facebook |
No local, há também um conjunto de 41 túmulos para sua "escolta" composta de seus servos, indicando que esses enterros ocorreram durante diferentes fases, conforme a publicação do ministério.
Segundo o site Ancient Origins, o túmulo de Merneite foi descoberto em 1900, por Flinders Petrie, em uma área associada a outros faraós da Primeira Dinastia. Algumas das evidências de que o enterro pertencia a ela foram encontradas em duas estelas de pedra identificando o túmulo como sendo da rainha.
Sementes descobertas pelos pesquisadores no Egito | Crédito da Foto: Ministry of Tourism and Antiquities/Reprodução/Facebook |
Acredita-se que a majestade tenha assumido o poder no Egito por volta de 3050 a 3000 a.C. após a morte de seu marido, Djet, provavelmente o terceiro ou quarto faraó da Primeira Dinastia. O filho de Meneite, Den, era muito jovem para ascender ao trono na época, então a rainha consorte se tornou regente até que seu herdeiro atingisse a maioridade.
*Com informações do Ancient Origins via revista Galileu
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