Em seu discurso no parlamento turco nesta quarta (25), Erdogan afirmou que milhares de palestinos foram mortos pelos ataques de Israel
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou perante os deputados do seu partido (AKP) no parlamento do país, que o Hamas "não é uma organização terrorista", mas sim um "grupo de libertação e de combatentes que lutam para proteger as suas terras e os seus cidadãos".
Erdogan disse não ter problemas com o Estado de Israel, mas sim com as suas políticas dirigidas aos palestinos. Ainda assim, o líder turco afirma que a Turquia "não deve nada a Israel".
"[Israel] está levando a cabo um dos ataques mais brutais da história contra os oprimidos de Gaza. Metade dos mortos são crianças e a outra metade são as suas mães e os mais idosos. Basta isto para mostrar que se trata de uma selvajaria", considerou Erdogan, que afirmou que apoiar os ataques de Israel contra os palestinos é uma "doença mental".
Ele também anunciou que sua viagem a Israel havia sido cancelada.
Erdogan elogiou também os esforços do seu país para conter a crise.
"Olhamos para a questão palestina principalmente de uma perspectiva humana. Desde o dia 7 de outubro que temos feito todos os esforços para evitar que a crise se agrave. Enviámos oito aviões carregados de ajuda humanitária para satisfazer as necessidades da população de Gaza. Enviamos 25 dos nossos profissionais de saúde para o Egito, para o tratamento dos feridos. Manifestamos que não desculpamos os ataques que visam civis, incluindo civis israelenses", disse o chefe de Estado.
O ataque do Hamas no dia 7 de outubro terminou com 1.400 mortos e mais de 200 pessoas sequestradas, além de milhares de feridos, em Israel.
Israel, Estados Unidos e União Europeia qualificam o Hamas como uma organização terrorista.
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