Teerã nega qualquer envolvimento no ataque palestino mortal, refutando alegações de que o Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) deram "sinal verde" em Beirute
O Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) do Irã teria ajudado supostamente o Hamas a planejar seu ataque surpresa contra Israel, conforme informou o Wall Street Journal no domingo à noite.
As alegações partiram de altos funcionários do Hamas e do Hezbollah, ambos apoiados pelo Irã, que informaram ao WSJ que os iranianos deram "sinal verde" para o ataque após uma série de reuniões realizadas em Beirute, sendo a última delas ocorrida no início de setembro.
De acordo com o relatório, oficiais do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) trabalharam com o Hamas desde agosto para organizar a ofensiva de múltiplas frentes contra Israel. Os detalhes do ataque foram finalizados durante reuniões em Beirute, que contaram com a presença de membros do Hamas, do Hezbollah e de outros dois grupos terroristas pró-iranianos.
No entanto, Teerã negou qualquer envolvimento no brutal massacre que deixou pelo menos 700 pessoas mortas, embora o embaixador iraniano nas Nações Unidas tenha declarado que as ações palestinas eram uma "defesa totalmente legítima" contra "sete décadas de opressão". Ele acrescentou que o sucesso da operação se baseou na surpresa que causou.
Enquanto isso, nesta segunda-feira (9), o Ministro das Relações Exteriores do Líbano afirmou que o Hezbollah prometeu não "intervir" no conflito, a menos que Israel o provocasse.
Em uma entrevista à CNN, o Secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, afirmou que não tinha provas de que o Irã estivesse por trás do ataque, mas reconheceu a relação próxima entre Teerã e o Hamas, além de mencionar que alguns países podem querer atrapalhar as negociações de normalização entre Israel e Arábia Saudita.
Por sua vez, o presidente do Irã, Ebrahim Raissi, saudou o ataque do Hamas como uma "vitória". Em uma conversa com o líder do grupo, Ismail Haniyeh, o líder iraniano expressou sua admiração pelo "heroísmo no campo de batalha" e destacou o apoio de Teerã à "resistência" e ao povo palestino.
Publicado originalmente em i24NEWS
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