Terroristas conseguem entrar no local por túneis acessados a partir de prédios no entorno do centro médico
O maior hospital da Faixa de Gaza, o Al-Shifa, tem em seu subsolo o comando central do grupo terrorista Hamas, afirmou nesta sexta-feira (27) o porta-voz das IDF (Forças de Defesa de Israel), o contra-almirante Daniel Hagari.
O militar disse que o Exército e a agência de segurança israelense, a Shin Bet, têm um conjunto de evidências que mostram como a organização extremista utiliza rotineiramente infraestruturas humanitárias em Gaza para suas atividades terroristas, aproveitando-se de abrigos resguardados pelo direito internacional para proteger seus combatentes e líderes.
Um vídeo divulgado hoje mostra uma perspectiva em 3D de como seriam as instalações dos extremistas sob o complexo hospitalar.
Os abrigos subterrâneos no hospital Al-Shifa estão interligados à ampla rede de túneis construída pelo Hamas nas últimas décadas, permitindo o deslocamento dos terroristas por vários quilômetros sem que eles sejam alvo de ataques aéreos de Israel.
Os terroristas acessam o centro de comando a partir de outros edifícios localizados no entorno do prédio, mas também há entradas por áreas da enfermaria, segundo os oficiais israelenses.
O hospital, localizado no centro da cidade de Gaza, possui cerca de 1.500 leitos e em torno de 4.000 funcionários, que servem como um escudo humano para os líderes do grupo terrorista Hamas, afirmam as IDF.
É nesse centro de comando que seriam tomadas decisões sobre lançamentos de foguetes, direcionamento de forças e armazenamento de armas e munições.
Imagem mostra, em vermelho, locais subterrâneos no hospital usados pelo grupo terrorista | Divulgação/IDF |
Em entrevista à emissora de TV Al Jazeera, do Catar, um porta-voz do Hamas rejeitou a afirmação.
"Esta é uma propaganda enganosa e falsa, e todos os líderes do Hamas estão em suas casas, não nos hospitais."
Nesta semana, o Exército afirmou que o Hamas tem um grande suprimento de combustível para alimentar geradores de energia de seus abrigos, enquanto diversos hospitais em Gaza já tiveram que fechar as portas devido à falta de abastecimento.
Segundo Hagari, os terroristas estão usando combustível que deveria ser utilizado por centros médicos.
"A infraestrutura energética do hospital que deveria ser utilizada pelos seus pacientes é usada, ao mesmo tempo, pela infraestrutura terrorista subterrânea da organização e pelos líderes da organização", disse.
Hospitais não podem ser atacados em guerras, assim como locais religiosos, escolas e instalações da ONU (Organização das Nações Unidas).
Desde o início da guerra, milhares de moradores do enclave palestino passaram a se refugiar nesses locais, na esperança de não serem alvo de bombardeios.
A Faixa de Gaza é uma das áreas mais densamente populosas do mundo, o que facilita para os terroristas se misturarem à população civil, de acordo com a inteligência de Israel.
Publicamente originalmente em R7
Publicamente originalmente em R7
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