Chefe da polícia de Israel ameaça mandar manifestantes árabes israelenses de ônibus para Gaza

Em vídeo publicado nas redes sociais, Kobi Shabtai diz que a tolerância é zero para protestos a favor do Hamas em Israel, informou o Times of Israel

O chefe da polícia de Israel, Kobi Shabtai, ameaçou enviar os manifestantes contrários à guerra de ônibus para Gaza. Segundo o jornal Times of Israel, a fala aconteceu em um vídeo publicado nas redes sociais da polícia israelense, na terça-feira (17). Nas imagens, a autoridade também afirma que a tolerância é zero para protestos a favor do Hamas em Israel.

Ainda segundo o jornal, no vídeo, Shabtai diz que "quem quiser se tornar um cidadão israelense seja bem-vindo", porém, continuou: "Qualquer pessoa que queira se identificar com Gaza é bem-vinda. Vou colocá-lo nos ônibus que estão indo para lá agora", acrescentou.

O chefe de polícia também afirmou que haverá "tolerância zero para qualquer instância de incitação... Não haverá autorização para protestos". Ele declarou que Israel está "em estado de guerra... Não estamos em uma situação em que permitiremos que todo tipo de pessoa venha nos testar".

A mídia israelense noticiou esse fato na quarta-feira (18), depois que a polícia dispersou um comício em Haifa em apoio à Faixa de Gaza e prendeu seis pessoas. O porta-voz da Polícia de Israel, Eli Levy, disse à rádio do Exército, também na quarta, que, desde o início da guerra, 63 pessoas em Israel foram presas sob suspeita de apoiar ou incitar o "terror".

O conflito em Gaza — que está sob bombardeio e bloqueio israelense desde 7 de outubro — começou quando o grupo terrorista Hamas iniciou a operação Tempestade Al-Aqsa, um ataque-surpresa multifacetado que incluiu lançamentos de foguetes e infiltrações em Israel por terra, mar e ar.

Em resposta, o Exército de Israel, então, lançou a Operação Espadas de Ferro contra alvos do Hamas na Faixa de Gaza.