Cerca de 350 pessoas ficaram do lado de fora da Sinagoga Frankelufer, em Berlim, para protegê-la simbolicamente do 'dia de fúria'
Uma sinagoga em Berlin, na Alemanha, foi protegida simbolicamente por centenas de pessoas mediante o anúncio de um dia de fúria, convocado pelo ex-líder do Hamas, Khaled Mashaal, dizendo que era 'hora de praticar a Jihad'.
O líder terrorista convocou manifestações em todo o mundo muçulmano para sexta-feira (13), segundo reportado pela imprensa, em apoio aos palestinos e para encorajar os países vizinhos a se unirem na luta contra Israel.
Diante da ameaça e dos potenciais ataques, cerca de 350 pessoas se reuniram do lado de fora da Sinagoga Frankelufer, como um gesto simbólico de proteção.
מאות גרמנים הגיעו הערב לבית הכנסת פרנקלאופר שבקוריצברג בברלין כדי להוות ״מגן אנושי״ ו״להגן בגופם״ על המתפללים היהודים כשברקע כאמור האיום על ״יום הזעם הבינלאומי״ של חמאס pic.twitter.com/vvKnfPPKlO
— החדשות - N12 (@N12News) October 13, 2023
Cartazes de reféns
O portão de proteção da sinagoga, que foi instalado para resguardar o edifício durante ameaças terroristas nas últimas décadas, recebeu dezenas de cartazes contendo os nomes e fotos de pessoas sequestradas e mantidas como reféns pelo Hamas, incluindo um bebê de apenas nove meses de idade.
As comunidades judaicas estavam preocupadas com possíveis ameaças em resposta ao apelo do Hamas, embora o FBI e os principais grupos de segurança judaicos não tenham identificado causas específicas de preocupação.
No entanto, os incidentes antissemitas, tanto online quanto offline, aumentaram em grande parte da Europa Ocidental desde o início do conflito entre Israel e o Hamas em 7 de outubro.
Locais judaicos sofrem vandalismo antissemita
A comunidade judaica alemã tem sofrido com propriedades vandalizadas e marcadas como sendo locais de frequência, comércio e até mesmo residência de judeus.
A polícia está conduzindo uma investigação sobre um caso de vandalismo, após um morador denunciar que alguém havia pintado uma estrela de Davi na porta de um prédio de apartamentos na quinta-feira.
Este edifício está situado no distrito de Prenzlauer Berg, que abriga uma considerável população dos cerca de 10 mil israelenses que residem na capital da Alemanha.
De acordo com a imprensa, a polícia acredita que o incidente teve motivação política. Não se sabe se judeus viviam no prédio.
Estrela de Davi
Segundo informações da Rádio Berlin-Brandenburg, a polícia relatou dois novos casos de pichações de Estrelas de Davi em Berlim no domingo (15).
Um deles ocorreu em edifícios residenciais em Paul-Linke-Ufer, localizado no distrito de Kreuzberg, e o outro em uma rampa para cadeiras de rodas em Friedrichshain.
Além disso, no distrito de Hellersdorf, foi relatado que jovens incendiaram uma bandeira israelense.
A embaixada israelense se manifestou na plataforma X [antigo Twitter], afirmando que o grafite "reaviva as memórias mais dolorosas, especialmente na Alemanha", onde os judeus foram obrigados a usar estrelas amarelas de identificação durante o Holocausto.
Apesar das medidas de segurança adicionais, muitos pais judeus em Berlim optaram por manter seus filhos em casa na sexta-feira, em vez de enviá-los às escolas judaicas.
O presidente alemão Frank-Walter Steinmeier declarou durante uma visita na tarde de sexta-feira à Sinagoga Frankeluefer que estava sendo um "dia de apreensão para os judeus em todo o mundo e aqui na Alemanha".
*Com informações do The Jerusalem Post via Guiame
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