Blinken: Dificultar normalização saudita pode ter motivado ataque do Hamas

Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, em Riad, na Arábia Saudita | Ahmed Yosri/POOL/AFP

Civis de diferentes nacionalidades estão entre as centenas de mortos e feridos por terroristas palestinos que realizaram um dos piores ataques a Israel

O Secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, declarou neste domingo (8) que as negociações de normalização entre sauditas e israelenses, mediadas por Washington, podem ter sido parte do motivo pelo qual o Hamas atacou Israel no fim de semana.

O grupo terrorista Hamas desencadeou um brutal ataque no sábado (7), com milhares de foguetes lançados da Faixa de Gaza, além de centenas de terroristas se infiltrando no território israelense e fazendo reféns civis.

O surpreendente ataque a Israel deixou mais de 600 mortos e 2.156 feridos, de diversas nacionalidades, com relatos de americanos entre as vítimas assassinadas por terroristas palestinos. Diferentes personalidades dos Estados Unidos compararam o ataque do Hamas aos eventos de 11 de setembro e Pearl Harbor.


"Ainda hoje, vocês ouvirão sobre nossa ajuda adicional a Israel", informou Blinken à CNN.

"Temos relatos de que vários americanos foram mortos e também alguns que estão desaparecidos. Estamos investigando o assunto", acrescentou o Secretário de Estado dos Estados Unidos.

"É possível que parte da motivação do Hamas tenha sido dificultar as negociações de normalização [com a Arábia Saudita] juntamente com outros países que não estão interessados nesse processo", afirmou ele, possivelmente insinuando o Irã, que tem sido fortemente contrário à aproximação de países do Oriente Médio com Israel.

As negociações de normalização, segundo informações, estavam sendo aceleradas para serem concluídas antes que o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, precisasse dedicar mais tempo à sua campanha eleitoral, que começaria em 2024. Blinken está à frente dos esforços liderados por Washington para chegar a um acordo.


Com o início da guerra, Blinken fez diversas chamadas telefônicas para seus colegas regionais e aliados. O Secretário de Estado dos Estados Unidos postou no X (anteriormente conhecido como Twitter) que havia discutido os ataques horríveis com os ministros das Relações Exteriores do Egito, Jordânia, Turquia e Arábia Saudita, além do primeiro-ministro do Catar.

"Reiterei o direito de Israel se defender e pedi esforços coordenados para alcançar uma interrupção imediata nos ataques violentos perpetrados pelos terroristas do Hamas e outros militantes", afirmou ele em um dos tweets.


"Juntos, devemos trabalhar para interromper imediatamente esses ataques e apoiar o direito de Israel de se defender, resgatar reféns e proteger seus cidadãos", escreveu Blinken no X, marcando seus colegas da União Europeia, Alemanha, Itália e Reino Unido.

Publicado originalmente em i24NEWS

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