Em resposta à Lei de Mercados Digitais (DMA) da UE, WhatsApp deverá se tornar interoperável com aplicativos de mensagens de terceiros
Em uma recente atualização beta do WhatsApp para Android (versão 2.23.19.8), foi identificada uma nova tela chamada "Third-party chats", de acordo com relatos do WABetaInfo. Embora, por enquanto, a tela não seja funcional nem acessível aos usuários, o título sugere que esta pode ser a primeira etapa para tornar o aplicativo de mensagens criptografadas da Meta compatível entre diferentes plataformas.
Esta atualização chega poucos dias depois da Comissão Europeia confirmar que o proprietário do WhatsApp, a Meta, atende à definição de um "gatekeeper" sob a Lei de Mercados Digitais (DMA) da UE. Esta legislação exige que softwares de comunicação como o WhatsApp se tornem interoperáveis com aplicativos de mensagens de terceiros até março de 2024.
O que isso significa para o WhatsApp?
Não está completamente claro ainda como funcionaria esse funcionalidade multiplataforma no WhatsApp, mas podemos imaginar pelo print abaixo que o aplicativo da Meta poderá acessar e compartilhar dados com outras plataformas de mensagens. Ou seja, seria possível usar outras plataformas dentro do próprio WhatsApp.
📝 WhatsApp beta for Android 2.23.19.8: what's new?
— WABetaInfo (@WABetaInfo) September 10, 2023
WhatsApp is working on complying with new EU regulations by developing support for chat interoperability, and it will be available in a future update of the app!https://t.co/XI6zMoOD5P pic.twitter.com/Jpd9Leh2Ki
O objetivo da DMA, conforme explicado no FAQ da Comissão Europeia, é prevenir que os "gatekeepers" imponham condições injustas e garantir a abertura de serviços digitais importantes. Além de exigir a interoperabilidade dos aplicativos de mensagens, a DMA obriga os "gatekeepers" a permitirem que os usuários removam aplicativos pré-instalados ou busquem lojas de aplicativos alternativas.
Em resposta ao DMA, tanto a Meta quanto a Microsoft estão planejando suas próprias lojas de aplicativos móveis. A Comissão Europeia está investigando se o iMessage da Apple e os serviços da Microsoft, incluindo o mecanismo de busca Bing, o navegador Edge e o serviço de publicidade, atendem aos critérios da nova regulamentação.
*Com informações do Olhar Digital
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