Presidente sírio chega à China para se reunir com Xi Jinping

Uma foto divulgada pela Agência de Notícias Árabe Síria (SANA) retrata o presidente da Síria, Bashar al-Assad (centro), acompanhado pela primeira-dama Asma al-Assad, sendo recebidos à sua chegada ao Aeroporto de Pequim, na China | SANA/AFP

A visita acontece em um momento em que Damasco persiste em seus esforços para sair do isolamento diplomático

O presidente sírio, Bashar al-Assad, e sua esposa chegaram nesta quinta-feira à cidade de Hangzhou, onde se reunirão na sexta-feira com o líder chinês Xi Jinping.

Esta é a primeira visita de Assad à China desde o início da guerra na Síria, há mais de uma década.

Assad
está acompanhado por uma "delegação política e econômica".
As próximas reuniões em Hangzhou e Pequim, alegadamente, terão como foco o papel da China na reconstrução da Síria após 12 anos de conflito. 



Assad também participará da abertura dos Jogos Asiáticos em Hangzhou no sábado, ao lado de outros líderes mundiais como o Rei do Camboja, Norodom Sihamoni, o príncipe herdeiro do Kuwait, Sheikh Meshal Al Ahmed Al Jaber, e o Primeiro-Ministro do Nepal, Pushpa Kamal Dahal.

A China é o terceiro país não-árabe a receber Assad desde o início da guerra na Síria, que causou a morte de mais de 500.000 pessoas e o deslocamento de milhões. Anteriormente, Assad se reuniu com o Presidente russo, Vladimir Putin, em Moscou, em março. Ele também visitou Teerã em maio de 2022.

Pequim tem consistentemente apoiado Damasco na arena internacional. A delegação chinesa bloqueou sanções da ONU contra Assad em oito ocasiões e votou contra a criação de um órgão independente que avaliaria o destino de mais de 130.000 sírios desaparecidos no conflito.

A visita de Assad destaca não apenas sua busca por sair do isolamento diplomático, mas também as ambições de Pequim no Oriente Médio. A Síria foi readmitida na Liga Árabe em maio, após sua suspensão em 2011, o que marcou um grande retorno para Damasco.

Além das perspectivas de projetos de reconstrução na Síria no valor de bilhões de dólares, a China está expandindo sua influência regional por meio do seu projeto Belt and Road, que agora enfrenta um desafio do corredor recentemente anunciado liderado pelos Estados Unidos, que se estenderá da Índia, passando pelo Oriente Médio até a Europa.

No início deste ano, a China intermediou a reaproximação entre a Arábia Saudita e o Irã e anunciou sua disposição para mediar as negociações de paz entre Israel e palestinos. Após essa declaração, o líder da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, visitou Pequim em junho. Em agosto, a organização BRICS, onde a China desempenha um papel proeminente, também convidou a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos e o Irã para se tornarem seus novos membros.

*Com informações do i24NEWS
 

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