"Terei
dificuldades em apoiar um acordo que inclua o enriquecimento de urânio na
Arábia Saudita", afirmou Lapid durante a reunião com altos funcionários
dos EUA em Washington Em uma reunião nesta terça-feira (5) com altos funcionários da Casa Branca e
principais conselheiros do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o
líder da oposição israelense, Yair Lapid, expressou preocupações sobre a
possível inclusão de um programa nuclear saudita, incluindo o enriquecimento de
urânio, nas discussões de normalização em curso envolvendo Washington e Riad.
Lapid aproveitou a
oportunidade da reunião para expressar suas sérias reservas em relação à
perspectiva da Arábia Saudita adquirir capacidades nucleares, especialmente o
enriquecimento de urânio.
"Terei
dificuldades em apoiar um acordo que inclua o enriquecimento de urânio em solo
saudita", declarou Lapid a Amos Hochstein, conselheiro
especial de Biden para assuntos energéticos, e Brett McGurk,
enviado especial para o Oriente Médio.
Ele
argumentou que os interesses das nações democráticas não deveriam ser
comprometidos em prol da resolução de desafios políticos.
"As
democracias fortes não colocam em risco os interesses de segurança para
resolver problemas políticos", citou o líder da oposição israelense.
A
reunião de Lapid em Washington ocorre enquanto Biden está prestes
a enviar uma delegação, liderada por McGurk, para visitar a Arábia
Saudita nesta semana, numa tentativa de intensificar os esforços em direção
a um possível acordo de normalização com Israel.
Os
funcionários dos EUA e palestinos informaram ao Times of Israel no
início desta semana que as negociações serão realizadas em Riad e contarão
também com a presença de Barbara Leaf, Secretária Assistente de Estado
para Assuntos do Oriente Próximo.
De acordo com o Axios, citando quatro fontes familiarizadas com o
assunto, a delegação americana se reunirá com altos funcionários da
Autoridade Palestina para discutir a possível inclusão de um componente
palestino em um possível "mega-acordo" entre os EUA, o reino do Golfo
e o Estado judeu.
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