"Para alcançar estes acordos, basta dar um passo simples: deixar de lado quaisquer condições prévias e obstáculos, sentar-se à mesa e iniciar o diálogo"
O Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, fez um apelo público ao líder da oposição, Benny Gantz, na noite desta terça-feira (5), instando-o a deixar de lado quaisquer pré-condições e envolver-se em discussões para um compromisso judicial.
Netanyahu, em uma mensagem gravada, enfatizou o desejo da nação de que ambos os lados alcancem acordos. Ele declarou: "Para alcançar estes acordos, é preciso dar um passo simples: deixar de lado todas as condições prévias e obstáculos, sentar-se à mesa e iniciar o diálogo."
Gantz, que falou logo após Netanyahu publicar seu apelo público, rejeitou o convite do Primeiro-Ministro.
"Os cidadãos de Israel e as Forças de Defesa de Israel precisam de coesão e unidade", postou Gantz no X.
מדינת ישראל שבויה בידי ממשלת מיעוט קיצוני שאין לה רוב.
— בני גנץ - Benny Gantz (@gantzbe) September 5, 2023
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"Este é o momento de deixar de lado as discordâncias e encontrar o que é comum e nos une. Faço um apelo aos meus colegas na Knesset para chegarmos a um acordo rapidamente em prol do Estado de Israel e da segurança de Israel", acrescentou.
Antes da rejeição, Netanyahu também estendeu um convite à equipe de Gantz para se reunir com sua equipe na manhã seguinte. Ele enfatizou que isso é o que a maioria da população israelense espera: discussões construtivas que levem a acordos.
O pronunciamento do primeiro-ministro ocorre após uma reunião à noite com o Ministro da Justiça, Yariv Levin, na qual teriam discutido a recente proposta do Presidente Isaac Herzog para um compromisso judicial.
No entanto, Levin expressou ceticismo em relação à estrutura proposta anteriormente no dia, classificando-a como "impossível".
O apelo de Netanyahu surge um dia após o Canal 12 relatar que estão em andamento discussões entre a coalizão governante de Israel e a oposição, mediadas pelo Presidente Isaac Herzog, sobre as reformas judiciais propostas pelo governo.
O relatório afirmou que fontes da Residência do Presidente indicaram que o Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu manifestou disposição para considerar a proposta de Herzog.
A proposta de Herzog inclui vários pontos-chave:
- Um possível "suavização" da lei recentemente promulgada que removeu o padrão de "razoabilidade" em relação às decisões do gabinete e ministros. Essa suavização provavelmente envolveria a reintrodução de legislação para alterar a lei.
- Uma suspensão de 18 meses das iniciativas destinadas a reestruturar o Comitê de Seleção Judicial e limitar a autoridade dos consultores jurídicos do ministério. Essas medidas seriam garantidas por meio de nova legislação.
- Exigência de que uma maioria de sete dos nove membros do Comitê de Seleção Judicial aprove todas as nomeações, incluindo a do Presidente do Supremo Tribunal. Essa mudança exigiria consenso sobre a identidade do próximo presidente do tribunal de ambos os lados.
Nesta terça-feira, Herzog pediu aos líderes políticos que chegassem a um acordo sobre a controversa reforma judicial.
Falando com membros da comunidade judaica na Áustria, o presidente afirmou que Israel enfrenta "uma profunda crise que afeta drasticamente nossas vidas, nossa segurança, nossa economia, nossa sociedade e nosso comportamento humano".
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