Galáxia de 11 bilhões de anos é observada pelo Hubble

Crédito da foto: MarcelClemens - Shutterstock

A galáxia esta na frente de um quasar, assim foi preciso observar a luz absorvida por ela, ao invés da emitida

O Telescópio Espacial Hubble conseguiu observar uma galáxia que possui cerca de 11 bilhões de anos. No entanto, a forma como os astrônomos fizeram isso é completamente diferente. Ao invés da luz emitida por ela, os pesquisadores analisaram a luz absorvida.

Essa solução é utilizada quando uma galáxia está localizada na frente de um objeto ainda mais brilhante. À medida que a luz emitida pelo objeto de fundo passa pela galáxia em primeiro plano, o gás e a poeira existente nela absorverão alguns comprimentos de onda específicos do objeto de fundo, dependendo de sua composição química.

Um agrupamento de galáxias chamado Quinteto de Stephan, que contém uma galáxia impostora que na verdade está muito mais próxima da Terra do que as outras | Crédito da foto: NASA, ESA e equipe do Hubble SM4 ERO
Um agrupamento de galáxias chamado Quinteto de Stephan, que contém uma galáxia impostora que na verdade está muito mais próxima da Terra do que as outras | Crédito da foto: NASA, ESA e equipe do Hubble SM4 ERO


Essa absorção da luz pela galáxia em primeiro plano, faz com que se criem lacunas na luz do objeto de fundo observada pelos pesquisadores, permitindo entender o caminho que ela fez até chegar ao telescópio. Um objeto de fundo muito útil para os astrônomos são os quasares, residentes no centro de formações galácticas, eles emitem jatos de radiação super brilhantes. 

Para encontrar galáxias absorventes, primeiro procuramos quasares que sejam particularmente vermelhos. Como a poeira estelar tende a absorver a luz azul, mas não a vermelha, se houver uma galáxia empoeirada em primeiro plano, o quasar ficará avermelhado.

Johan Fynbo, astrônomo, em comunicado


Luz emitida

Várias galáxias já foram observadas dessa forma, o problema dos pesquisadores tem sido encontrar a luz emitida pela própria por elas. Os quasares são como um farol, e as galáxias em primeiro plano, um vaga-lume, sendo impossível encontrar sua emissão. 

A luz da galáxia observada pelo Hubble ainda não foi identificada, mas os padrões de absorção dela são impressionantes, ela absorve muito mais que outras formações galácticas analisadas da mesma forma, sugerindo que ela é mais madura do que a Via Láctea.

Além disso, os pesquisadores também perceberam que ela tem formado intensamente novas estrelas e interage com outra formação galáctica. Agora, os pesquisadores esperam fazer observações com outros telescópios a fim de encontrar a luz emitida por ela.

*Com informações do Olhar Digital

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