Comunidade internacional chocada com comentários de Abbas sobre o Holocausto

Líder da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, participa da Cúpula do Conselho de Cooperação do Golfo em Riad, Arábia Saudita | Corte Real da Arábia Saudita

A Enviada Especial dos EUA para Monitorar e Combater o Antissemitismo, Deborah Lipstadt, pediu que Abbas se desculpasse

Na quinta-feira (7), autoridades europeias e americanas emitiram declarações condenando o discurso proferido pelo líder da Autoridade Palestina,
Mahmoud Abbas, no qual ele afirmou que Adolf Hitler ordenou o assassinato em massa de judeus por seu "papel social" e não por antissemitismo.

O discurso, proferido no 11º Conselho Revolucionário do Fatah no final de agosto, causou indignação e condenação internacional
. O porta-voz da União Europeia declarou que o discurso "contém afirmações falsas e extremamente enganosas" sobre judeus e antissemitismo.

"Tais distorções históricas são inflamatórias, profundamente ofensivas e só podem agravar as tensões na região, não servindo aos interesses de ninguém. Elas favorecem aqueles que não desejam uma solução de dois Estados, que o presidente
Abbas
tem defendido repetidamente", declarou o comunicado.


Ademais, o comunicado acrescentou que os comentários de
Abbas "banalizam o Holocausto", alimentam o antissemitismo e "são um insulto aos milhões de vítimas do Holocausto e suas famílias".

O consulado da França em Jerusalém também condenou os comentários de
Abbas em um post no X, anteriormente conhecido como Twitter.

"Condenamos e consideramos esses comentários claramente inaceitáveis. A França reafirma que condena veementemente o antissemitismo e a negação do Holocausto em todas as suas formas, assim como sua determinação em combater incansavelmente esses flagelos", afirmou o post.


A Enviada Especial dos Estados Unidos para Monitorar e Combater o Antissemitismo, Deborah Lipstadt, por sua vez, instou Abbas a se desculpar.

"Estou chocada com os comentários odiosos e antissemitas do presidente
Abbas em uma reunião recente do Fatah. O discurso difamou o povo judeu, distorceu o Holocausto e representou de maneira incorreta o trágico êxodo dos judeus dos países árabes. Condeno essas declarações e insto a um pedido de desculpas imediato."

*Com informações do i24NEWS

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